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Domingo, 05 de maio de 2024

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Penske considera ''terrível'' a possível condenação de Castro Neves

O conselheiro geral da Penske, Lawrence Bluth, disse, ontem, que uma possível condenação do brasileiro Hélio Castro Neves, piloto da equipe, seria "terrível" para a escuderia da F-Indy.


Bluth foi questionado pelo promotor Matt Axelrod durante o julgamento do brasileiro, acusado de fraudar o governo dos Estados Unidos em US$ 5,55 milhões (aproximadamente R$ 10,6 milhões). Além do piloto, sua irmã Katiucia Castro Neves e Alan Miller, seu advogado, também são réus.

"Seria algo terrível perder um dos melhores pilotos do mundo, provavelmente o nosso piloto mais popular", lamentou Bluth, que concordou que a condenação de Castro Neves "não seria boa" para a escuderia, que contratou o australiano Will Power como substituto do brasileiro, enquanto sua situação permanece indefinida.

Guido Chipy, um banqueiro de Miami envolvido em um empréstimo que Hélio Castro Neves fez em 2001, disse que o piloto foi identificado por Alan Miller como dono de uma empresa panamenha chamada Seven Promotions, uma das peças-chave no caso.

Pela denúncia, os irmãos e Miller usavam inicialmente a Seven Promotions e depois uma conta na Holanda para receber boa parte do salário que Castro Neves recebia como piloto --e assim driblar o fisco norte-americano.

Segundo Chipy, no entanto, não houve nenhum contato com Castro Neves, que apenas assinou os documentos do empréstimo em nome da empresa. Quem intermediou a negociação foi Alan Miller, segundo a testemunha.

A defesa do piloto tenta provar que Castro Neves, concentrado em seu trabalho na Penske, confiou em advogados e contadores para cuidar de suas empresas.

Entenda o caso

Castro Neves e Katiucia podem pegar até 35 anos de prisão, caso sejam condenados em todas as acusações --cinco pela tentativa de fraudar o governo dos EUA e cinco para cada um dos anos de evasão de divisas.

O piloto da F-Indy, que mora em Miami desde 1997, e a irmã, residente dos EUA desde 1999 e que trabalhava como sua empresária, foram denunciados também por outros seis crimes de evasão fiscal entre os anos de 1999 a 2004.

Castro Neves recebeu US$ 6 milhões da Penske e de outros contratos em três anos, mas só reportou US$ 1 milhão em sua declaração de renda.

O esquema usado pelo piloto, sua irmã e o advogado desviou mais de US$ 5 milhões, em um plano que fazia a Penske depositar seu salário fora do país para não pagar taxas.

Em outubro de 2008, Castro Neves foi preso, chegou algemado e com correntes nos tornozelos ao tribunal em Miami e só foi liberado após pagar uma fiança de US$ 10 milhões.


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