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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Comida farta, barata e MT no foco do mundo

Mato Grosso está pronto para debater soluções que destravem aspectos que roubam a competitividade do agronegócio, o único em todo o mundo, que tem potencial de expandir.

Mato Grosso está pronto para debater soluções que destravem aspectos que roubam a competitividade do agronegócio, o único em todo o mundo, que tem potencial de expandir significativamente a área plantada sem derrubar uma árvore sequer. Mais do que a busca por alternativas, produtores mato-grossenses querem mostrar a importância do trabalho executado no campo dentro do próprio estado, para a nação e para o mundo. Exemplo disso é que a produção local representa 30% da soja nacional e 8% do grão disponibilizado no mundo.


O Estado conquistou em 2009 a liderança nacional na produção de grãos e fibras, é responsável por 39% das exportações de soja do Brasil, mas ainda vive, ano a ano, as conseqüências da falta de uma política agrícola que atenda às diversidades de cada região ou estado e refém de uma logística que abocanha resultados.

Não há como sustentar liderança e performance sem políticas que salvaguardem a renda. Política focada apenas na produção já caducou. Nos Estados Unidos, por exemplo, os produtores têm seguro de renda, já que a política daquele país protege o campo das oscilações mercadológicas e não apenas climáticas. No Brasil, a União ainda patina para aplicar o seguro rural.

Com este espírito de desbravar problemas dentro e fora da porteira é que a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), junto com associações parceiras – Aprosoja e Ampa – e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AR/MT), promovem a partir desta quarta-feira (19-08) a terceira edição da Bienal dos Negócios da Agricultura, evento que tem como tradição trazer à tona gargalos e ‘colher’ soluções que brotam no campo, mas contemplam toda a sociedade.

A Bienal vai abordar temas estratégicos para o produtor rural do Estado, tanto para elucidar questões que estão da porteira para dentro e dependem da expertise de cada um, como a gestão da propriedade e a sucessão familiar, e aspectos alheios às atitudes aplicadas no dia-a-dia, como a questão fundiária, a logística, os efeitos da crise mundial, os fertilizantes, as novas tecnologias, entre outros assuntos.

Depois de tratarmos pontualmente da necessidade de se adotar uma produção sustentável na edição passada, em 2009 vamos discutir a ‘Renda Agrícola’. Não é a renda que vai pro bolso do produtor, mas a renda que ele reinveste na safra para manter bons estoques de alimentos e com isso assegurar divisas ao Brasil por meio das exportações e permitir que os alimentos não sofram bruscas oscilações de preço.

Boa safra quer dizer produção em abundância, geração de empregos, geração de renda, maior poder de consumo, alimentos mais baratos, desde o óleo de soja usado no dia a dia das cozinhas brasileiras até a picanha servida no churrasco de domingo. Produzimos grãos que também são matérias-primas das rações que alimentam rebanhos suínos, bovinos e aves. Qualquer frustração de safra que reduza o volume da produção restringe a oferta do produto e, conseqüentemente, mexe com a lei da oferta e procura, eleva o valor da saca do grão, que por sua vez vai aumentar o quilo do suíno vivo e da ave, alterar a cotação da arroba, e em efeito cascata, os preços destas proteínas animais vão chegar mais caros às mesas dos brasileiros.

Se nós, produtores mato-grossenses não chamarmos a atenção para o potencial que este estado tem na produção mundial de alimentos, ficaremos acumulando perdas e rótulos porque o plantio é uma ação mais passional do que racional: plantamos porque amamos e sabemos fazê-lo. Esta postura, que tem sido letal a muitos produtores, poderá ser letal para o controle inflacionário do país e para relação de consumo mundial.

Ações que implementam a produção responsável no Estado podem ser vistas para quem quiser enxergar. Cerca de 90% dos produtores lançam mão do plantio direto, uma tecnologia que corta pela metade a emissão de gases de efeito estufa e de lambuja protege o solo da erosão. No Brasil, esta técnica ocupa 53% da área plantada. Nos Estados Unidos, são 18,8%, na Argentina, 74,3%, no Canadá, 31,8% e na Austrália, 20,5%.

É preciso dizer também que Mato Grosso tem 63% de seu território preservado. São 29% da área ocupados com pecuária e outros 8% com lavouras de grãos e fibras, o que dá apenas 37% de área destinada à produção agropecuária.

Problemas existentes da porteira para fora, fazem com que o produtor perca cerca de R$ 12 por saca de milho com frete, pois no Sul do Brasil os mesmos 60 quilos têm cotação de R$ 20 e aqui, na região de influencia da BR 163, que concentra as maiores lavouras de grãos do Estado, o valor despenque para R$ 8 e R$ 9.

Essa é a Bienal, um evento focado em discutir questões pertinentes com quem pode fazer a diferença: produtores, estudiosos, autoridades públicas, privadas e ministros. Esse é Mato Grosso, buscando a liderança não apenas na oferta de grãos, mas no agronegócio como um todo. As informações são da assessoria de imprensa da Bienal dos Negócios da Agricultura.
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