O Conselho Regional de Medicina de Mato Groso (CRM-MT) suspendeu cautelarmente em sessão plenária na última terça-feira (20) a inscrição da médica Yana Fois Coelho Alvarenga, que está detida na penitenciária Ana Maria Couto May, em Cuiabá desde o mês de dezembro do ano passado, acusada de estar envolvida no assassinato do prefeito da cidade de Colniza (1.065 km de Cuiabá) Esvandir Antonio Mendes.

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Conforme a presidente do CRM-MT, doutora Fátima de Carvalho Ferreira, com a suspensão, Yana Alvarenga está proibida de exercer a profissão até que se finalize o processo investigativo.

Inicialmente, o MPE apurou que Yana entregou um certificado falso de conclusão de residência médica na especialidade de pediatria. No documento, ela dizia que tinha feito o curso na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas a Coordenadoria Geral da Comissão de Residência Médica (Coreme), da USP São Paulo, nega a informação.

Uma das peças analisadas pelo Conselho foi uma comunicação do Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos, onde ela iniciou a graduação em medicina, informando que documentos utilizados num processo de transferência da faculdade foram adulterados de forma grosseira.

A presidente do CRM-MT ainda reforça que a suspensão tem como finalidade a proteção da sociedade. "Se o cidadão está lidando com uma pessoa que não concluiu o curso de medicina, que não tem diploma de médico, deixá-la atuar é um risco à população", enfatizou. No entanto, a Drª Maria de Fátima afirma que é dado à acusada o direito de ampla defesa.

A médica Yana Fois Alvarenga foi presa pela Polícia Civil no dia 24 de dezembro, pouco mais de duas semanas do assassinato do prefeito, que foi vítima de disparos de arma de fogo em uma emboscada na zona rural de Coniza.

De acordo com a Polícia Civil, a médica é casada com o empresário Antônio Pereira Rodrigues Neto, que também está detido e foi apontado como o mandante do crime. Ela teria emprestado o carro dela, um HB20, para o cunhado adolescente, a fim de que ele ajudasse o marido dela e os dois executores a fugir.

O caso

O prefeito foi baleado enquanto conduzia uma caminhonete preta a cerca de 7 km da entrada da cidade. O veículo foi interceptado por outro carro, de onde saíram dois suspeitos efetuando disparos. O caso aconteceu no dia 12 de dezembro.

O secretário de Finanças do município também estava na caminhonete e foi atingido por dois dos disparos. A vítima ficou internada por algumas semanas e teve alta médica em seguida. Já o prefeito não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.