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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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INSEGURANÇA

Trio preso por furtos em Chapada se diz proibido de assaltar em Cuiabá por facção

Foto: Reprodução

Trio preso por furtos em Chapada se diz proibido de assaltar em Cuiabá por facção
Marcelo da Silva  Nascimento, de 25 anos, André  Felippe de Oliveira  Silva, de 21, e Igor Felipe da Silva, também de 21, foram presos na tarde desta quarta-feira (28) após tentarem invadir uma residência no bairro Mirantinho, em Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá).


Os assaltantes contaram á polícia que foram para Chapada roubar porque foram proibidos por uma facção criminosa de cometerem furtos ou roubos em Cuiabá. No celular de um deles ainda foram encontradas ordens para um ataque a uma base de polícia.

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De acordo com  boletim de ocorrências, por volta das 14h20 uma equipe da PM foi acionada por populares que avistaram três pessoas tentando invadir uma casa de veraneio. As testemunhas tiraram fotos dos suspeitos no momento em que tentavam quebrar um cadeado e também registraram que os três andavam em um Fiat Uno prata.

Um dos suspeitos falava a todo momento no celular e a polícia desconfia que seria com alguém que estava vigiando, já que quando a viatura se aproximou os suspeitos abandonaram o local.

Ao ter acesso às fotos com as características dos suspeitos e do veículo que utilizavam os policiais iniciaram rondas e conseguiram localizar o trio já na rodovia MT-251, na proximidade da Cachoeira da Mata Fria, indo em direção à Cuiabá.

Os militares fizeram a abordagem e ao mostrarem as fotos deles arrombando o portão os suspeitos ficaram agressivos e resistiram à prisão, tentando fugir pela mata. A PM conseguiu imobilizá-los e um deles começou a ameaçar os policiais dizendo que essa situação “não ficaria assim e que iria denunciá-lo na audiência de custódia”, a fim de prejudicá-lo com denúncias falsas.

Os homens ainda disseram que eram membros da “família”, que a palavra deles valia muito mais que a dos policiais. Os três declararam serem membros de uma facção criminosa e que já tinham cometido outros delitos em Chapada dos Guimarães, já que a facção não teria mais dado autorização para que cometessem roubos ou furtos em Cuiabá e por isso migraram para outros municípios.

A PM verificou que o Fiat Uno dos suspeitos estava com indícios de adulteração do chassi e por isso a Perícia oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada. No celular de um dos suspeitos os policiais ainda encontraram uma mensagem SMS recebida, que teria sido enviada de dentro de um presídio, ordenando um ataque à base da polícia do Cristo Rei. O trio foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Chapada.

Prejuízo no turismo

A presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Sônia Bezerra, afirmou que o movimento do turismo em Chapada dos Guimarães nos bares, restaurantes e pousadas já diminuiu 80%. Ela acredita que além da crise, o motivo é a insegurança na cidade.

“Nós estamos passando por um período muito difícil aqui na chapada, nós já tivemos reuniões com o Governo do Estado, através do secretário de segurança pública, também com a prefeita, com o secretário municipal de Turismo, e nós estamos procurando todos os meios possíveis para tentar pedir apoio”, disse.

Ela disse que já foram registrados arrastões em pontos turísticos auto-guiados, onde o turista vai sozinho. Sônia recomendam que procurem as agências de turismo para que sejam recepcionados e orientados, para ir em um atrativo seguro.

Um grupo com mais de 300 de empresários, moradores e outros membros da sociedade civil, já se reuniu com a Promotoria do município e com o delegado. Na reunião que tiveram com o secretário de Segurança, Gustavo Garcia, ela conta que ele pediu paciência.

“Ele falou que as medidas serão tomadas, que é para a gente ter um pouco de paciência, porque as coisas não acontecem assim da noite para o dia, que é um pouco moroso porque eles tem que seguir as regras, mas que eles estão tentando correr atrás para poder ajudar Chapada, que segundo ele já está no cronograma deles, de apoio. Mas até agora nada foi feito”.

Os maiores alvos dos furtos são as casas de veraneios, que permanecem muitos dias fechadas e sem visitas. Por conta delas os ladrões circulam mais pela cidade. Sônia afirma que já há estabelecimentos estudando fechar as portas e moradores querendo vender casas de veraneio.
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