Cerca de 40 pessoas, familiares e amigos do verdureiro Francisco Lucio Maia, que foi atropelado e morto pela médica Letícia Bortolini, 35 anos, na noite do último sábado (14), se reuniram na praça principal do bairro Coophamil para fazer um protesto cobrando Justiça. A médica chegou a ser presa, mas foi solta após ter o pedido de habeas corpus concedido pelo desembargador Orlando Perri.

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Os manifestantes se reuniram por volta das 19h na praça, todos vestidos de camisetas pretas e levantando cartazes dizendo “Justiça tem que ser para todos” e “A impunidade está entalada na garganta”. Em coro eles gritavam “queremos Justiça” e “assassina”. A manifestação foi organizada pela filha de Francisco, Francimara Silva, que pediu a colaboração de todos “para que possamos juntos dar o nosso grito de Justiça”.

Francimara esteve na tarde de ontem (17) na Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) para acompanhar o depoimento do médico Aritony Alencar, que estava no Jeep Compass com sua esposa, a médica Letícia Bortolini, na noite do fato.

Ao final, quando o médico e seus advogados saíam da delegacia, Francimara e suas irmãs os confrontaram dizendo "meu pai não é cachorro" e também chamando Aritony de "assassino".


 
O caso
 
Um homem de 48 anos identificado como Francisco Lucio Maia, 48, morreu na noite deste sábado (14), após ser atropelado pela médica Letícia Bortolini, 35, na Avenida Miguel Sutil, região do bairro Cidade Verde, em Cuiabá. Letícia estava em um Jeep Compass, com o marido, e ambos fugiram sem prestar socorro à vítima. Na mesma noite, ela acabou sendo presa e encaminhada ao Cisc Planalto. No entanto, Letícia foi solta ontem (16) após o desembargador Orlando Perri conceder habeas corpus.