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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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Estudo aponta alta chance de fraude em provas do Enem feitas em MT

Foto: Reprodução/Ilustração

Estudo aponta alta chance de fraude em provas do Enem feitas em MT
Uma análise estatística inédita, realizada pela Folha, aponta alta probabilidade de ter havido fraude, de diferentes formas, em ao menos 1.125 provas do Exame Nacional do Ensino Médico (Enem), sendo que dois casos aconteceram em cidades mato-grossenses. As provas estão dentro de grupos com padrão de respostas tão semelhantes entre si que, estatisticamente, é improvável que não tenha havido algum tipo de cola nesses casos.


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Em Mato Grosso, o estudo aponta pares de provas semelhantes em duas cidades do Estado. Porém, não especifica quais seriam elas. Conforme a análise, a chance de essas provas serem semelhantes apenas devido ao acaso em uma edição do Enem é de no mínimo uma em mil. Portanto, “seria necessário repetir o exame mil vezes para que duas provas, sem interferência, fossem tão parecidas como os gabaritos suspeitos”, explica o estudo.
 
O estudo da Folha identificou tanto duplas de provas suspeitas, o que indica algum tipo de cola rudimentar, quanto grupos com até 67 candidatos suspeitos, apontando para um esquema mais sofisticado de transmissão de respostas. A análise foi feita com candidatos que ficaram entre as 10% melhores notas, entre as edições 2011 e 2016. Ao todo, foram 3 milhões de provas.
 
A análise feita pela Folha tem um modelo mais rígido do que o aplicado em outros estudos que buscaram identificar fraudes em exames e concursos públicos e já foi utilizado para detectar cola em universidade da Força Aérea dos EUA, ano passado, ou fraude em concurso para vaga na Receita Federal do Brasil.
 
O levantamento da Folha calculou a probabilidade de duas ou mais provas terem o mesmo padrão de acertos e de erros.
 
Em novembro de 2017, durante a ‘Operação Passe Fácil’, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e 31 de condução coercitiva em Mato Grosso e outros 12 Estados (PE, BA, CE, ES, GO, MA, MG, PA, PI, PR, RS e SP). Em provas anteriores, a quadrilha passava, de fora, os gabaritos aos candidatos.
 
Também em novembro, só que de 2014, um grupo – em Pontes e Lacerda (443 quilômetros de Cuiabá) – também usava esquema do cartão para passar gabarito, a partir de um hotel, por meio de códigos combinados previamente. Havia manual que ensinava como o candidato deveria agir. Uma agenda indicava mais de 160 estudantes que teriam sido aprovados.
 
A reportagem completa, com todos os detalhes do estudo, pode ser conferida AQUI.
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