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Terça-feira, 13 de agosto de 2024

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Dedo em riste

Jornalista denuncia vereador por assédio; parlamentar nega e disse que ela pediu desculpas

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Jornalista denuncia vereador por assédio; parlamentar nega e disse que ela pediu desculpas
A jornalista Luciana Laura da Conceição e Silva, responsável pela divisão de imprensa da Câmara de Várzea Grande, registrou boletim de ocorrência contra o vereador Clayton Nassarden Guerra, o Sardinha (PTB), por assédio moral. O caso foi registrado na última terça-feira (26). Em resposta, o parlamentar disse que cobrou a inoperância do setor e que a suposta vítima se exaltou com ele. "O marido dela me ligou, me disseram que ela está passando por problemas e por isso causou esta confusão. Me pediu desculpas e disse que irá retirar a queixa. Infelizmente, tivemos que passar por tudo isto".


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O que motivou o registro do BO foi uma reclamação que o parlamentar fez na tribuna da Casa, dizendo que a ausência em uma reunião com a prefeita foi motivada pela assessoria de imprensa, que não teria produzido material para divulgação.
 
A jornalista relatou no boletim de ocorrências que durante sessão ordinária na tribuna da Câmara Municipal, o vereador disse – em tom alterado - que esteve em reunião com a prefeita Lucimar Campos (DEM), mas que a assessoria da Casa não divulgou o fato.
 
Logo depois da reclamação, o presidente da Casa, Chico Curvo (PSD) foi até a sala de imprensa para relatar o ocorrido. Neste momento, Sardinha entrou no local e voltou a fazer reclamações. A jornalista então teria explicado que a pauta não foi encaminhada ao setor com antecedência, o que deveria ser feito por regra.
 
Ainda no documento, a jornalista relatou que o vereador pôs o dedo próximo ao rosto dela e disse que o pessoal da comunicação seria incompetente. Além disto, teria dito que "quem mandava era ele" e que a profissional deveria tratá-lo como "excelência".
 
O mesmo documento aponta que o vereador ainda teria dito que as matérias não são escritas da maneira correta: "o povo é burro mesmo, por não entender o significado da palavra deferimento".

A jornalista disse temer pela sua integridade, já que o vereador saiu dizendo que iria continuar pegando no pé dela e reclamando na tribuna. Além disto, o parlamentar disse que ela deveria estar em casa, fazendo "serviços domésticos".

Outro lado

Ao Olhar Direto, o vereador disse que o site da Câmara Municipal ficou 14 meses inoperante e que há dois meses começou a funcionar de forma efetiva: "Porém, esse setor não funciona. Na sessão passada, fui até a tribuna e cobrei isso. Para minha surpresa, quando acabou a sessão, esta moça questionou que defeito eu via na assessoria".

"Ela disse que eu, como sou formado em jornalismo também, deveria escrever matéria. Mas eu não estou lá na condição de jornalista e sim de vereador. Disse que eles eram incompetentes, pois no texto havia diversos erros de português. Quando ela ouviu isto, ela reverteu as coisas, disse que eu que era incompetente e não trabalhava para o povo", acrescentou o parlamentar.

Além disto, o vereador explicou que "ela demonstrou total descontrole emocional. Não foi só eu que cobrou na tribuna, O deputado Botelho esteve na Casa e ninguém fez nada hoje. Agora, para minha surpresa, descubro que ela foi até a delegacia e registrou um BO contra mim de assedio moral".

"Depois da discussão, o Chico Curvo me ligou, pediu desculpas e disse que ela está fazendo uso de remédios controlados. Por que não me disseram isso antes? Se ela está com problemas, não pode estar desempenhando este tipo de trabalho. Ela tem de ser acolhida e tratada, mas fora da Câmara. Depois fiquei sabendo que ela é ex-cunhada do presidente da Casa", comentou o vereador.

Sardinha ainda relatou que "recebi a ligação do esposo dela, que disse que ela estava arrependido e iria retirar a queixa. Agora já é tarde, minha imagem foi manchada. Vou aguardar o posicionamento da Casa, já protocolei documentos e pedi punições. Também solicitei imagens da sessão e do circuito interno para mostrar que ela estava descontrolada e não eu. Tive a paciência e sabedoria para não fazer nada".

Por fim, o vereador fez um requerimento de todo material jornalistico feito no bieno, além do nome das pessoas que trabalham no setor da assessoria de imprensa, bem como o grau de escolaridade deles: "Tem gente que nem é jornalista e trabalha lá. Isso desvaloriza a classe da qual eu também faço parte". 
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