Olhar Direto

Terça-feira, 13 de agosto de 2024

Notícias | Cidades

CONTRA AUMENTO

Parte dos estudantes ainda ocupa blocos da UFMT mesmo após decisão de Conselho

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Parte dos estudantes ainda ocupa blocos da UFMT mesmo após decisão de Conselho
O Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e a Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (Faet) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) continuam sendo ocupados por estudantes que lutam contra o aumento do preço do Restaurante Universitário (RU).


Uma decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) revogou a suspensão do calendário acadêmico do primeiro semestre de 2018 e as aulas retornaram em alguns blocos já nesta última segunda-feira (25). Os estudantes afirmam que o movimento de greve deve continuar, já que suas reivindicações não foram ouvidas.
 
Leia mais:
​Após 65 dias de greve, aulas na UFMT serão retomadas nesta segunda-feira
 
De acordo com o movimento de greve, no dia 20 de junho 80% dos presentes na assembleia estudantil realizada em Cuiabá decidiu pela manutenção da greve no campus. Porém, os estudantes afirmam que após a decisão do Consepe, aos poucos os blocos estão retomando as aulas.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) também se manifestou contra a revogação da suspensão do calendário e afirmou que algumas coordenações de cursos se recusariam a responder o comunicado da Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), com sugestões para a retomada de calendário.

Os blocos do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e a Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (Faet) são os únicos, até o momento, que ainda permanecem ocupados pelos estudantes.

No entanto, em outros blocos, como o da Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, as aulas ocorrem normalmente. Além destes três, no mesmo bloco, no curso de Engenharia Florestal as aulas também já retornaram.

Na Reitoria da UFMT, que estava ocupada pelos estudantes há algumas semanas, os trabalhos já retornaram. Há pouco mais de uma semana o local foi limpo e os servidores voltaram ao trabalho.



Porém, os estudantes do movimento de greve afirmam que a ocupação deve continuar. A reitora Myriam Serra ainda não se reuniu com eles para discutir as propostas que têm para apresentar. A Reitoria já havia decidido que o aumento seria suspenso até dezembro deste ano.
 
O aumento
 
As unidades do Restaurante Universitário da UFMT, nos cinco Câmpus, funcionavam com os valores de R$ 0,25 para café da manhã e R$ 1,00 para almoço e jantar, porque os valores eram subsidiados pela instituição em mais de 90% para estudantes.
 
De acordo com a UFMT, o orçamento para custeio e investimento do Governo Federal nas universidades vem caindo, ano a ano. O orçamento de 2017, comparado ao do ano anterior, teve redução de cerca de 38% nos recursos destinados ao capital, utilizado para realização de obras e aquisição de equipamentos, e de aproximadamente 4,5% na verba destinada ao custeio, referente a manutenção de despesas básicas.
 
A universidade havia comunicado que haveria uma ampliação do acesso gratuito aos estudantes que comprovem renda até 1,5 salário mínimo ao Restaurante Universitário (RU) e acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e da UFMT. Estudantes com renda superior pagarão o valor sem subsídio, que é R$ 5.
 
No dia 8 de maio, em assembleia estudantil, os estudantes aprovaram a greve. Já a suspensão do calendário foi aprovada no dia 14 de maio pelo Consepe, com data retroativa ao dia 20 de abril, em apoio ao movimento dos estudantes que lutam contra o aumento dos preços do Restaurante Universitário (RU).
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet