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Domingo, 26 de maio de 2024

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RONDONÓPOLIS

Câmara recebe pedidos para que João Gomes seja investigado

Foto: Dayane Pozzer/Olhar Direto

Câmara recebe pedidos para que João Gomes seja investigado
A Câmara Municipal de Rondonópolis recebeu hoje, durante sessão ordinária, três pedidos de investigação sobre quebra de decoro parlamentar por parte do radialista, apresentador e vereador João Gomes (PR). Envolvido em uma discussão com sua ex-mulher, Veronice Alves dos Santos, na semana passada, em Rondonópolis, o parlamentar foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma. Na ocasião, a ex-mulher acusou o vereador de agressão e pedofilia, entre outros crimes.


Um dos pedidos protocolados hoje foi do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, através da presidente Sandra Raquel Mendes, que encaminhou outra solicitação de investigação em seu nome, enquanto cidadã. Um grupo de representantes do Conselho esteve na Câmara. Elas se manifestaram com um cartaz com a frase “a omissão da Câmara será intolerância contra a mulher”. A terceira representação de pedido de investigação, não oficializada, partiu do diretório municipal do PPS, presidido por José de Medeiros e que tem o vereador Reginaldo Santos como representante na Câmara Municipal.

A ex-mulher do parlamentar, com quem viveu 27 anos e não está separado oficialmente, o acusou também de manter funcionários fantasmas na Câmara Municipal e de estar envolvido na distribuição irregular de casas populares no município.

A investigação cabe agora ao Conselho de Ética da Casa de Leis. O vereador Manoel da Silva Neto (PMDB), corregedor do Conselho de Ética, afirmou que vai avaliar as representações, dar o seu parecer sobre a possibilidade ou não de quebra de decoro parlamentar de João Gomes e encaminhar para o presidente do Conselho, vereador Mohamed Zaher (PR).

Manoel disse estar contrariado por acreditar que as denúncias são ruins para a imagem da Câmara de Vereadores. “Acho ruim para a Câmara o que aconteceu, mas vou receber a representação. Acredito que isso não vai se repetir, pelo menos não gostaríamos”, declarou o peemedebista, que adiantou também que a ex-mulher do vereador será chamada para uma oitiva perante o Conselho.

Mohamed Zaher declarou que como presidente do Conselho de Ética deverá acompanhar as investigações da Polícia Civil, ouvir a ex-mulher e demais testemunhas. Ele garantiu que o vereador republicano mantém registrados no Ministério do Trabalho todos os funcionários de seu gabinete e que nele “não há nenhum funcionário fantasma”, conforme apontou Veronice em entrevistas à emissoras locais de televisão, veiculadas no dia seguinte à briga que teve com o ex-marido.

A vereadora Mariúva Valentin Chaves (PMDB) não acredita que o colega parlamentar possa ser autor dos crimes citados. “Eu não acredito que João Gomes, conhecedor das leis como é, possa ter cometido tais coisas, mas estaremos ao lado do Conselho da Mulher e do Conselho de Ética para avaliar as questões colocadas”, afirmou.

João Gomes considerou um absurdo as manifestações realizadas hoje na Câmara de Vereadores, assim como o discurso de outros parlamentares sobre o assunto, como o do vereador Ananias Martins Filho, seu colega de partido, que afirmou que as denúncias são “incompatíveis com a dignidade da Câmara”. “Eles estão entrando com uma representação contra um crime em que eu sou a vítima”, declarou Gomes.

Sobre a acusação de pedofilia, João Gomes declarou que foi visto por uma amiga de Veronice, há tempos atrás, num balneário próximo ao município de São José do Povo acompanhado de duas amigas, uma de 19 e outra de 27 anos. “A pedofilia a que ela (Veronice) se refere são essas duas amigas minhas”, declarou o vereador. Ele garantiu que a ex-mulher teria se arrependido após as declarações da semana passada e que, inclusive, teria ligado nas emissoras solicitando que não veiculassem o material.

Das denúncias investigadas é possível que algumas ou todas elas sejam enquadradas num único artigo do Código de Ética do Conselho. O inciso III do artigo 24 exemplifica que um vereador pode ter seu mandato cassado quando “proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública”.

João Gomes diz estar tranqüilo quanto às acusações. “Espero que se estabeleça a verdade, não tenho receio de nada”, declarou o parlamentar.
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