As autoridades suíças anunciaram nesta quarta-feira que vão sair "integralmente" do banco UBS, onde têm uma participação de 9%, coincidindo com o fim do litígio da entidade com o governo dos Estados Unidos.

"O Conselho Federal (governo) decidiu acabar, de forma imediata e integral, com sua participação no UBS", anunciou o ministério das Finanças em um comunicado.

As autoridades suíças encarregaram "um consórcio de bancos" de converter as 332,2 milhões de ações do governo no UBS de forma que Berna possa recuperar, "integralmente", seu investimento inicial no UBS, realizando um "lucro adequado", destaca o comunicado.

O governo da Suíça e Estados Unidos fecharam nesta quarta-feira um acordo sobre o UBS, acusado de envolvimento em sonegação fiscal pela Receita americana.

Segundo o acordo, os dados de 4.450 contas de clientes americanos deverão ser transmitidos no prazo de um ano, anunciou nesta quarta-feira o governo suíço. Em troca, os EUA renunciam a adotar medidas unilaterais para obter as informações.

Doug Shulman, comissário do IRS (Internal Revenue Service, a Receita Federal americana), disse que essas contas, em dado momento, já tiveram cerca de US$ 18 bilhões em ativos. Porém, muitas delas foram fechadas desde então.

Segundo o UBS, cerca de 52 mil americanos possuem conta no banco. Shulman informou que os 4.450 que serão divulgados são aqueles que o fisco dos EUA mais suspeitam que tenham ativos não-declarados.