A Praça Maria Taquara, localizada no bairro Dom Aquino, região central de Cuiabá, deve ser o próximo local a receber o novo modelo de ponto de ônibus, seguindo como base os conceitos de sustentabilidade, com uso de placas solares e jardins suspensos.  O local recebe uma média de 5 a 10 mil passageiros por dia. Os trabalhaos estão previstos para começarem ainda este mês.

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Em entrevista ao Olhar Direto, o secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo disse que nos próximos meses, além da Praça Maria Taquara, os novos abrigos devem ser implantados na Avenida Fernando Corrêa da Costa, próximo ao Banco do Brasil, na Avenida Isaac Póvoas, região central de Cuiabá, e Avenida 31 de Março, no bairro Popular.
 
“Cuiabá tem uma deficiência muito grande de abrigo de ônibus. Quase 800 abrigos que estão faltando para serem colocados. Agora, nós estamos colocando um abrigo de melhor qualidade. Não só os contêineres, mas os novos modelos que foram elaborados pela Prefeitura. A intenção nossa é o conforto para os usuários de transporte coletivo”, disse.
 
O novo ponto de parada é construído a partir de contêineres utilizados para transporte de cargas. Eles serão distribuídos em 82 espaços de diferentes regiões da cidade, onde o fluxo de passageiros varia em uma média de 5 a 10 mil pessoas por dia. Por meio de um trabalho de restauração, as estruturas metálicas, que antes seriam descartadas, ganham uma nova finalidade com a garantia de pelo menos mais 15 anos de vida útil.
 
Embora novos locais da cidade estejam se preparando para receber os abrigos, o primeiro ponto instalado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, popularmente conhecida como Avenida do CPA, foi alvo de reclamação dos usuários, que são obrigados a ficarem atrás do ponto para se proteger do sol.

O titular da pasta afirmou que “alguns lugares, quando sol vai se por, realmente ele acaba pegando [sol] em uma parte do abrigo, como também pegava nos anteriores. Agora, estamos tentando melhorar com o plantio de árvores na lateral. Todo protótipo precisa ser melhorado algumas coisas. Acredito nas próximas as coisas vão ser melhoradas e muito”, contou.
 
A falta de acessibilidade também foi alvo de críticas. No entanto, Antenor explicou que o modo certo de acessar o abrigo é pela parte de trás. Já a parte da frente, foi feita para ficar no nível da escada do ônibus. “O que a gente se preocupa mais nesta gestão humanizada do Emanuel Pinheiro é a acessibilidade. Quando começou a ser instalado esse ponto de ônibus o pessoal não havia terminado, não esperaram o término da instalação. O acesso do abrigo é feito por trás, e o pessoal estava fazendo pela frente. A parte da frente é uma plataforma para quando o ônibus estacionar, ela ficar nivelada, igual à Praça Alencastro”, ponderou. 
 
Cada ponto de ônibus custa cerca de R$ 70 mil e  será implantando através do processo de chamamento público, no qual a iniciativa privada é incentivada a aderir à política denominada “adote um abrigo”. Com essa dinâmica, empresas conquistam o direito legal de explorar o espaço com o uso de publicidade, à medida que também assumem a responsabilidade de zelar pelo lugar, com as devidas manutenções necessárias. Com o prazo mínimo de cinco anos para exploração, é possível que esse período seja prolongado conforme a legalidade dos trâmites institucionais.

Eles contêm placas solares, pontos de USB para recarga de celulares, além de uma biblioteca com livros diversos que poderão ser usufruídos no espaço, deverão ser reproduzidos por toda a capital. O inovador conceito conta também com a presença de jardins suspensos, que serão cobertos por plantas ornamentais, trazendo uma beleza verde em meio a todo contexto urbano.