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Domingo, 05 de maio de 2024

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Coreia do Norte e EUA fazem gestos para diminuir tensão

A Coreia do Norte se comprometeu nesta quinta-feira a retirar as restrições fronteiriças à Coreia do Sul, principalmente por via férrea, e restabelecerá um canal de comunicação entre os dois países, informaram fontes oficiais.


Em um sinal do clima mais ameno na região, desde a libertação, no início deste mês, de jornalistas americanas presas na Coreia do Norte, o governo dos Estados Unidos se mostrou disposto a estabelecer negociações bilaterais com o regime norte-coreano, mas somente se o país retomar o diálogo de seis lados, que inclui ainda a Coreia do Sul, o Japão, a Rússia e a China, para tratar seu programa nuclear.

Pyongyang informou à Coreia do Sul que sua decisão entrará em vigor na sexta-feira, segundo o Ministério da Unificação de Seul, encarregado das relações fronteiriças. "A Coreia do Norte nos disse que ia levantar as restrições fronteiriças amanhã", declarou a porta-voz Lee Jong-Joo.

No final do ano passado, Pyongyang fechou uma linha de trem transfronteiriça e tomou outras medidas repressivas que prejudicaram o funcionamento do complexo industrial conjunto entre ambos os países na cidade de Kaesong, localizada na Coreia do Norte, mas com capital da Coreia do Sul.

Mas em uma mensagem transmitida nesta quinta-feira à tarde às empresas sul-coreanas do complexo industrial, a Coreia do Norte se comprometeu a reabrir a ferrovia na sexta-feira, segundo a agência de notícias Yonhap.
Pyongyang também prometeu reabrir o escritório conjunto, com funcionários de ambos os países, que supervisiona as operações em Kaesong.

Este complexo industrial, que abriu suas portas em dezembro de 2004, é o último projeto de reconciliação em grande escala entre o norte comunista e o sul capitalista.

Cerca de 40 mil norte-coreanos trabalham para companhias sul-coreanas. Além disso, Pyongyang restabelecerá uma linha telefônica direta administrada pela Cruz Vermelha, que os vizinhos usavam para se comunicar até esta ser cortada no mês de novembro passado.

A Coreia do Norte enviará na sexta-feira uma delegação ao funeral do ex-presidente sul-coreano e Prêmio Nobel da Paz, Kim Dae-Jung, que morreu na terça-feira aos 83 anos.

Artífice de uma política de abertura em relação à Coreia do Norte, o ex-presidente sul-coreano (1998-2003) foi o primeiro chefe de Estado do Sul a viajar para Pyongyang, onde firmou em 15 de junho de 2000, com seu colega norte-coreano Kim Jong-il, uma declaração conjunta que marcou a aproximação entre ambas as Coreias.
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