O radialista Júlio Cezar Coelho foi denunciado duas vezes por tentar praticar exploração de prestígio contra o Ministério Público Federal. A denúncia foi feita pela procuradora da República ,Ludmila Bortoleto Monteiro . Na denúncia, ela cita que, em duas ocasiões , Júlio Cezar teria pedido vantagem com falsa promessa de conseguir influenciar o MPF, por meio do procurador da República Mário Lúcio de Avelar.
Na primeira delas, para obter perdão de uma dívida com a empresa Todimo, Júlio Cezar prometeu a Flaviano Taques Figueiredo, advogado responsável pela cobrança da dívida, que conseguiria suspender a investigação sobre o licenciamento ambiental da Fazenda São Domingos, que também era defendida pelo advogado.
Segundo a procuradora,Ludmila Bortoleto Monteiro, em outra ocasião o acusado afirmou a João Carlos de Nez, administrador da empresa Vitale Industrial Norte S/A, que teria tido acesso a informações sigilosas do MPF a respeito de uma lista com o nome de diversas empresas que estariam sob investigação e seriam alvo de uma operação da Polícia Federal, dentre as quais estava a empresa Vitale Industrial Norte S/A.
De acordo com a denúncia, Júlio Cezar pediu 160 mil reais para amenizar os efeitos das denúncias que pudessem ser oferecidas pelo Ministério Público Federal, alegando ter contatos pessoais no órgão público. Em depoimento, o procurador da República Mário Lúcio Avelar afirmou que só teve contato com o denunciado em função das atribuições no MPF.
Ele explica que atendeu Júlio Cezar na Procuradoria da República em Mato Grosso porque o acusado se mostrava preocupado em ver resolvidos os problemas ambientais do estado. Por ter usado o nome do procurador e da instituição para conseguir vantagens, o MPF pede que Júlio Cezar seja condenado por exploração de prestígio.