Joacy Oliveira Curado, de 43 anos, registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (10), após ter a foto de seu carro, um Fiat Pálio, placas HDB-6310, compartilhada nas redes sociais, em um post que o acusa de estar sequestrando crianças para rituais de magia negra, em Cuiabá. Os boatos sobre sequestros continuam circulando mesmo após a Polícia Civil e Militar descartarem o fato, já que não houve nenhum registro formal deste tipo de ocorrência nas Delegacias da região metropolitana.
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A publicação aponta que uma pessoa no carro, que pertence a Joacy, estaria sequestrando crianças. Mas também há publicações que afirmam que um homem, em um carro preto, estaria nas proximidades das escolas do bairro Jardim Florianópolis para também raptar crianças.
Segundo a denúncia de Joacy, ele acredita que seu carro tenha sido fotografado em seu local de trabalho, um lava jato, possívelmente pela pessoa que fez a publicação no Facebook. A ocorrência foi registrada como calúnia.
A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e Adolescente de Cuiabá (Deddica) realizou verificação preliminar e monitoramento junto ao Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp), e outras unidades policiais, para apurar a veracidade de informações que circulam em redes sociais sobre captura de crianças no bairro Jardim Florianópolis para rituais de magia negra. A Polícia Civil, afirmou que até o momento não consta qualquer registro oficial dessa natureza na região metropolitana.
A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa, relatou que nenhuma ocorrência sobre isso chegou a ser formalizada.
Boatos
Ainda não se sabe a origem dos boatos, mas em 2015, a operadora de caixa, Francineide Freitas Leal, que morava em Várzea Grande, se mudou depois que montagens compartilhadas em redes sociais acusavam ela e o ex-marido de sequestrar e traficar crianças.
Francineide já recebeu ameaças pela internet e chegou a cortar o cabelo para não ser reconhecida nas ruas de Cuiabá, o que não adiantou. "Recebo ameaças nas redes sociais. É sempre algo como: 'Vou te mostrar como é tirar o órgão de uma criança, vou fazer a mesma coisa com você. Se eu te pegar vou te matar'", contou na época, ao G1/MT.
Para combater os boatos, Francineide acionou a polícia. "Essa pessoa tem que pagar, porque essa pessoa ajudou a destruir a minha vida naquele momento”, afirmou. De acordo com a Polícia Civil, é difícil descobrir a fonte exata do boato.