O senador Gilberto Goellner (DEM-MT), em entrevista ao
Olhar Direto durante a Bienal dos Negócios da Agricultura, em Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (21) afirmou que o Brasil, principalmente as áreas de bioma amazônico, como Mato Grosso, sofrem uma espécie de neocolonialismo por parte dos Estados Unidos e de países europeus.
“As grandes ONG’s ambientalistas não são daqui, são todas de lá. Elas vem aqui para atrapalhar nosso desenvolvimento. Vem para criar áreas indígenas e unidades de conservação, para virem explorar depois. Isso é um trabalho neocolonialista”, explica o senador.
Goellner diz que, no atual cenário de busca por sustentabilidade que vive Mato Grosso, o Estado não é mais visto como “o vilão” do meio ambiente. Ele pontua que ainda existem produtores que tentam burlar a lei, mas que, de maneira geral, os produtores têm se enquadrado às normas. Os verdadeiros violões, diz ele, são esses países que vêm dar palpite aqui, pois já estão quase inteiramente desmatados.
Segundo o senador, passo importante para o cumprimento da legislação ambiental é a punição. Ele diz que há alguns anos não existia uma fiscalização e um rigor muito grandes, mas que hoje a fiscalização ambiental tem sido competente e a punição está chegando para quem burla as regras.
Goellner afirma que Mato Grosso está muito bem dentro do conceito de sustentabilidade, com muitos trabalhos de conscientização e educação. Ele exemplifica que quanto às embalagens de produtos agroquímicos, o Estado possui um índice fantástico de recolhimento para reciclagem: 98%. “É o maior índice do mundo”, diz o senador.