O governo da Venezuela confirmou nesta sexta-feira 17 mortes causadas pela gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1)-- no país, que já registrou 696 casos da doença.

Até agora, os porta-vozes do Ministério da Saúde venezuelano haviam se limitado a afirmar que investigavam se a morte de cerca de 12 pessoas, que também sofriam de outras enfermidades, estava relacionada com o vírus H1N1.

Entre os casos, destaca-se o de um bebê de onze meses que, além da gripe suína, sofria de "pneumonia viral, intoxicação e uma falha hepática", disse em 18 de julho o então ministro da Saúde, Jesús Mantilla.

Do total de pacientes com a doença no país, 514 já receberam alta e 141 ainda estão em tratamento. As autoridades também analisam 41 casos suspeitos.

O primeiro caso de gripe suína na Venezuela foi registrado em 28 de abril --um jovem de 22 anos que havia viajado ao Panamá.

Segundo o último balanço divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o número de infectados pela doença no mundo chegou a 182.166. Desse total, 1.799 pessoas morreram.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e deram resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).