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Segunda-feira, 12 de agosto de 2024

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DENÚNCIA DE AMEAÇA

​Preso 7 dias após matar ex-mulher, homem não é detido por feminicídio por causa de período eleitoral

Foto: Reprodução

​Preso 7 dias após matar ex-mulher, homem não é detido por feminicídio por causa de período eleitoral
Laurinei Ferreira de Souza, de 36 anos, autor do assassinato de sua ex-mulher, Bianela Mylla Dias da Silva, de 30 anos, no último dia 24 de outubro, que foi preso nesta terça-feira (30), na realidade não foi detido pelo feminicídio, já que o crime foi cometido durante o período eleitoral, em que é proibida prisão exceto em caso de flagrante. O período do flagrante é 24 horas, e a prisão só aconteceu nesta terça-feira (30), em decorrência de uma denúncia de ameaça.

 
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A assessoria da Polícia Judiciária Civil explicou ao Olhar Direto que, na realidade Laurinei foi preso por causa de uma denúncia da irmã de Bianela, sobre ameaça. Ele só poderia ser detido pelo feminicídio caso fosse preso em flagrante pelo crime, o que não ocorreu.

O artigo 236 do Código Eleitoral determina que nenhum eleitor poderá ser preso cinco dias antes do pleito e quarenta e oito horas depois para assegurar a regularidade e lisura do processo eleitoral e buscando aplacar toda e qualquer forma de perseguição.

Como não havia mandado de prisão contra Laurinei e ele não foi preso em flagrante pelo crime cometido no período eleitoral, ele não foi detido pelo feminicídio. Os familiares de Bianela, no entanto, comunicou à polícia que Laurinei já havia feito ameaças a eles anteriormente.

A irmã da vítima ainda contou que ele foi visto rondando a igreja onde era realizada a missa de sétimo dia de Bianela, nesta terça-feira (30), e por isso fez a denúncia e ele foi preso pelo flagrante da ameaça.

Laurinei já foi indiciado, no inquérito da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e assim que sair o mandado de prisão, este será cumprido. A Polícia Civil ainda garantiu que o criminoso permanecerá preso.
 
O feminicídio
 
O homicídio é investigado pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob coordenação da delegada Jannira Laranjeira que deslocou com equipe para proceder interrogatório após a prisão do suspeito na terça-feira (30).
 
Em depoimento Laurinei confessou o crime novamente. O investigado disse que a ex-companheira aceitou conversar com ele no motel, que mantiveram relação sexual, mas que ao final a mulher disse que não teria reconciliação e queria a separação.
 
Ainda de acordo com a versão de Laurinei à delegada, Bianella teria visualizado a faca que ele levou para o local e partiu para cima dele, momento em que segundo o suspeito teria reagido golpeando o pescoço da vítima. Em seguida outros golpes de faca se seguiram.
 
Ele foi preso pela Polícia Militar enquanto transitava pela Avenida Couto Magalhães. À PM, no momento da prisão, ele disse que a motivação do crime foi pelo fato de não aceitar a separação e também pelo ciúmes que sentia de Bianela.
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