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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

Notícias | Cultura

44º Batalhão da Infantaria Motorizada reabre Museu Histórico em noite cultural

O 44º Batalhão de Infantaria Motorizada comemora aniversário de 167 anos do Batalhão de Laguna com homenagens e abertura do Espaço Cultural 16 º Batalhão de Caçadores, que compreende seu Museu Histórico, neste sábado, dia 22, a partir das 20 horas. Na ocasião, serão entregues títulos de Amigos do Batalhão para pessoas que contribuíram com a instituição.


Recebem o título o maestro e pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência da UFMT, Fabricio Carvalho; o empresário Claudio Bruehmueller; o Coronel Dantas; o Tenente-coronel Paulo André Barroso, do Corpo de Bombeiros, a jornalista Andréia Medeiros; a assessora de comunicação da Secretaria da Cultura de Cuiabá, Ana Cristina Vieira, entre outros profissionais das mais diversas áreas.

Para o comandante do 44º BIM, Ten. Cel Carlos Eduardo Ilha dos Santos, a entrega do título Amigo do Batalhão é o reconhecimento ao carinho destas pessoas pelo 44º Batalhão. “Além da cerimônia de homenagem, vamos ter apresentação da Banda de Música, encenação poética e abertura do Espaço Cultural”, informou o comandante.

O Museu abriga mais de 300 peças individuais, como armas, quadros, uniformes, documentos. São mais de 120 quadros contando a história em textos, fotografias e pinturas do Exército. O Museu reúne uniformes dos militares, desde o utilizado pelo 16º BC ao usado pela Missão de Paz das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti. Uma das peças mais antigas é a metralhadora refrigerada a água, fabricada na época da Primeira Guerra Mundial e utilizada na Sergunda Guerra Mundial. O acervo também recebeu doação de ex-combatentes.

Segundo o comandante Carlos Eduardo, foram dois meses de trabalho de recuperação do espaço e das peças. “O espaço está aberto a visitação e as escolas podem fazer agendamento escolar”.

Histórico – O 44º Batalhão de Infantaria Motorizado tem sua origem a partir da criação do Batalhão de Caçadores Provisório, organizado em 1842 para guarnecer a Província de São Paulo. Em agosto de 1847, aquele Batalhão foi transformado no Corpo Fixo da Guarnição de São Paulo.

Em 1865, os Corpos de Guarnições de São Paulo e Minas Gerais passaram a constituir o 21º Batalhão de Infantaria, organizado em Uberaba-MG. Em 1867, o 21º Batalhão de Infantaria integrou o Corpo Expedicionário em operações no Sul da Província de Mato Grosso, durante a Guerra da Tríplice Aliança e teve participação destacada, tanto na ação ofensiva realizada para expulsar o inimigo para além da fronteira brasileira, quanto no movimento retrógrado (retirada) empreendido a partir da Região de Laguna, em território paraguaio, sob a liderança do Major José Thomas Gonçalves, primeiro Comandante do Batalhão. Na célebre obra do Visconde de Taunay, “A Retirada da Laguna”, é narrada a epopéia vivida pelos heróis do 21º BI.

Em 1869, o 21º BI foi transferido para Corumbá. Em 1908, recebeu a denominação de 13º Batalhão de Infantaria. Em janeiro de 1920, passou a denominar-se 16º Batalhão de Caçadores, estabelecendo-se em Cuiabá.A chegada do 16º BC em Cuiabá ocorreu em 06 de fevereiro de 1920, ficando aquartelado nas antigas instalações do Arsenal de Guerra, no tradicional bairro do Porto, hoje o SESC Arsenal.

“A partir daí, a história do 16º BC confunde-se com a própria história da capital mato-grossense, motivando a existência de um sentimento muito particular de carinho e afeição de toda a comunidade para com o denominado ‘Batalhão dos Cuiabanos’”, comentou Ten. Cel. Carlos Eduardo, acrescentando que o atual aquartelamento foi inaugurado em agosto de 1941, pelo Presidente da República, Getúlio Vargas.

Durante a 2ª Guerra Mundial, diversos voluntários do 16º BC integraram a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Com a criação da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, em 1978, o 16º BC teve sua denominação alterada para 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, passando a integrá-la.

Como reconhecimento ao seu passado glorioso, em 1986 recebeu a denominação histórica de “Batalhão Laguna”. “O dístico “Constância e Valor” presente no estandarte histórico, e bradado com muito orgulho pelos integrantes do Batalhão Laguna, é originário da medalha com que foram distinguidos, pelo Imperador D. Pedro II, os oficiais e praças componentes do Corpo Expedicionário que atuou no Sul da então Província de Mato Grosso”, explicou Tem. Cel Carlos Eduardo.

Em dezembro de 2006, o Batalhão novamente escreveu seu nome nas páginas da história nacional ao enviar 56 de seus integrantes para participar da Missão de Paz das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH).
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