A professora Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, de 33 anos, que atropelou três jovens em frente à boate Valley, no dia 23 de dezembro, na avenida Isaac Póvoas, se calou durante depoimento à polícia no dia da prisão em flagrante. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), delegado Christian Cabral, ela poderá ser ouvida novamente após resultado dos laudos técnicos.
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“Rafaela foi interrogada no dia da prisão dentro da Central de Flagrantes e reservou-se no direito de permanecer calada. O que vem sendo uma prática neste tipo de crime. Todos os condutores presos, embriagados e que causam acidentes, eles acabam não tendo a vontade, o interesse de colaborar com as investigações e de esclarecer as circunstâncias do crime”, disse.
Conforme adiantado pelo
Olhar Direto, o laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) realizado três horas após o acidente constatou que não apresentava sinais embriaguez. A bióloga passou por audiência de custódia no dia seguinte do acidente, pagou R$ 9,5 mil de fiança e foi liberada. Depois, a Justiça majorou o valor para R$ 28,5 mil.
Ainda de acordo com o delegado, as provas técnicas podem causar responsabilização da sobrevivente Hya Girotto, de 21 anos, como também mudar o indiciamento da professora de homicídio culposo (sem intenção de matar) para doloso (quando existe intenção).
“Mas posteriormente, após a finalização das provas técnicas, nós vamos chamar a Rafaela novamente à Delegacia de Polícia para que possa prestar esclarecimentos, em razão do que for revelado”, finalizou.
Relembre o caso
Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, 33 anos, atropelou três pessoas às 5h50 da manhã do dia 23 de dezembro, na avenida Isaac Póvoas, a poucos metros da faixa de pedestre, em frente à Valley Pub. Ela passou por audiência de custódia, pagou R$ 9,5 mil de fiança e foi liberada. Depois, a Justiça majorou o valor para R$ 28,5 mil.
Professora substituta da Universidade Federal de Mato Grosso, Rafaela dirigia uma caminhonete Renault Oroch. O atropelamento aconteceu no momento em que o público deixava a casa noturna. De acordo com testemunhas do acidente, o veículo estava em alta velocidade quando colidiu com o trio. Além de bater nas três vítimas, o carro conduzido por Rafaela ainda se chocou com um Gol.
O carro só foi parar após o semáforo. Imagens registradas por testemunhas e pela Polícia Civil revelam o estado em que ficou o carro após a colisão. A estudante Myllena de Lacerda Inocêncio, de 22 anos morreu no local, Ramon Alcides Viveiros, de 25 anos, foi resgatado com vida, mas não resistiu e faleceu cinco dias depois.
Hya Girotto, de 21 anos, foi a única sobrevivente e recebeu alta médica do Hospital Geral, na noite do último dia 14. Ela já foi informada da morte dos amigos e ainda se recupera. No entanto, a jovem vem sofrendo ataques nas redes sociais, por pessoas que reprovam sua postura no momento do acidente.