A proprietária da empresa BMS Construções, Biana Pinto da Silva, registrou na segunda-feira (29) um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia de Cuiabá, alegando alteração de projetos em uma obra em um restaurante do Shopping Estação, na Avenida Miguel Sutil. Na semana passada, empresária Priscila Mohn de Abreu, de 31 anos, denunciou a empresa por um suposto golpe e alegou prejuízo de R$ 63,7 mil na compra de materiais.

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Segundo consta do boletim de ocorrência registrado por BMS Construções, no dia 14 de novembro a empresária Priscila teria contratado os serviços de instalações de ar condicionado, exaustão, ventilação e material de inox para o Restaurante Maria Cuiabana Bistrô. O valor total do serviço teria ficado em R$ 58 mil, sendo que a quantia de R$ 25 mil teria que ser dada como entrada e o restante em três parcelas a serem pagas em cheques.
 
No dia 29 do mesmo mês, conforme o BO, o serviço teria sido iniciado pelo sistema de incêndio SPK, seguindo pelos dutos de ar-condicionado, exaustão e ventilação. A obra estaria prevista para ser entregue no dia 30 do mesmo mês, porém, por conta de atrasos nos projetos, que ainda não estavam aprovados, a proprietária acabou trocando de engenheiro.  
 
Ainda conforme relato da ocorrência, a instalação de mezanino, contrapiso e manta asfáltica para impermeabilização causou 11 dias de atraso. Biana afirmou que todas as instalações foram concluídas em 10 dias, após envio dos projetos definitivos, mas as instalações de SPK sofreram outras alterações para inclusão de “outro ponto que faltava no projeto, que o comitê de aprovação do shopping exigiria”, descreve.
 
Após todas as instalações prontas, a BMS Construções teria apenas ficado a espera de uma máquina. No entanto, a empresária Priscilla solicitou a retirada das instalações do local e o remanejamento para a parte de cima de uma plataforma técnica. Essa situação teria acarretado mais despesas e trabalho. Com isso, a BMS Construções solicitou a quantia de R$ 7,8 mil (entre mão de obra e material). “A comunicante relata que Priscilla Moh durante o serviço prestado, a mesma não perguntou sobre alterações de valores e tempo para realização de todos os serviços”, diz trecho do BO.
 
Depois disso, a empresária Priscila teria contratado a instalação de uma coifa lavadora, duas bancadas e duas prateleiras. Esse serviço teria gerado o acrescimento da quantia de R$ 18,7 mil. No pagamento, Priscila teria depositado as quantias de R$ 7 mil e depois R$ 4,7 mil. O valor restante da prestação de serviço teria sido dividido em dois cheques de R$ 13,5 mil e outro de R$ 13 mil.
 
Segundo Biana, após consulta, descobriu que o CNPJ de Priscila tinha restrições no cartório e não seria possível comprar máquinas e equipamentos com os cheques usados no pagamento feito por Priscila.
 
O boletim de ocorrência diz que Priscila teria se responsabilizado de trocar os cheques e que os juros teriam sido descontados no valor da obra.
 
O projeto do restaurante também teria continuado errado e causado confusão nos fornecedores. Os proprietários da BMS Construções também alegam falta de recursos por parte da contratante, o que impossibilita a conclusão da obra.

A empresa diz não ter registros de ocorrências na Polícia Civil. 
 
Outro lado
 
Procurada, a empresária Priscila disse que "no dia 14 de dezembro de 2018, eu fechei um contrato com a BMS construções, adquirindo maquinários instalados para minha obra no Shopping Estação. conforme eu enviei para essa edição, o contrato e conversas no whats a proprietária, senhora Biana, me garantiu no dia 30 de novembro, estaria entregando minha obra completa e liberada pelo shopping, todos os maquinários completos e instalados pelo shopping. esse contrato tinha o valor de R$ 73 mil e 700 reais. Desses R$ 63 mil reais, eu paguei via transferência bancaria na qual eu também encaminhei comprovante de transferência para essa edição, o valor também de R$ 36 mil e 700 reais e passei três cheques, sendo um de R$ 13 mil e dois de R$ 13 mil e 500 para a senhora Biana. Em momento nenhum em nosso contrato havia clausulas que ela poderia passar meus cheques pra frente. mas a senhora Biana me ligou, e me pediu para avaliar a troca de dois cheques para que ela pudesse terminar a compra dos maquinários. eu, de boa fé, e boa índole, avalizei ela trocar dois cheques meus, totalizando R$ 27 mil, que também mandei os comprovantes para essa edição, onde a própria senhora Biana confirmou que trocou os cheques por conversas no whatsapp, também encaminhadas para essa edição. Mesmo assim, chegou a data de 30 de novembro, a dona Biana não entregou a minha obra. pediu novamente um prazo de 15 de dezembro, novamente não cumpriu, pediu um prazo para 30 de dezembro, novamente não cumpriu. no dia 1º de janeiro ela e o parceiro dela de trabalho, Sebastian, me pediu pessoalmente um prazo de 20 de janeiro, que novamente não foi cumprido. O fato dela ter trocado os meus cheques, e ter pedido para que eu avalizasse essa troca, só denota mais uma vez a intenção e má fé de não entregar o serviço, e passar esse prejuízo de uma possível contra ordem para esse terceiro. Para finalizar, o ultimo contato que eu tive com esse Sebastian, ja que a senhora Biana não respondia os  meus whatsapps e nem minhas ligações, o senhor Sebastian queria que eu pagasse o cheque de R$ 13 mil pra só depois ele entregar a obra, coisa essa que me recusei a fazer. Visto que conforme perícia, do meu engenheiro, realizada na minha obra, o trabalho executado por eles, nao corresponde nem a 20% do adquirido em contrato, e eu paguei 85%. Entao todas as comprovações que eu estou falando eu entreguei pra essa edição, encaminhei para essa edição, e agora esse caso está nas mãos dos responsáveis, tanto da polícia, quanto daqueles que tem capacidade técnica para avaliar as provas e decidir quem está correto e quem não está". A versão completa da empresária pode ser conferida AQUI.