O vereador Marcrean Santos (PRTB) defende a criação de um teto salarial de até R$ 7 mil aos funcionários da Santa Casa de Misericórdia como parte da solução para a crise que a unidade enfrenta. De acordo com o parlamentar, os funcionários que recebem salários acima desse valor devem ser demitidos. O vereador explica ao
Olhar Direto que deve-se “enxugar o que tiver que enxugar lá dentro”, visto que, em sua visão, os altos salários também favoreceram para que a Santa Casa entrasse nesta crise atual.
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“Ficamos sabendo de casos de parentes da diretoria que ganham horrores lá dentro. É um corporativismo muito grande de gente ajudando parente e amigos, sendo que quem ganha R$ 1 mil, R$ 2 mil, quem ganha um salário mínimo lá dentro, quem faz a máquina andar, quem faz acontecer está com cinco meses de salário atrasado. Não é justo”, exemplifica.
A definição de teto salarial não é a única atitude a ser tomada. Ele defende que investir mais dinheiro não é a solução, é necessário nomear um interventor para apurar os problemas antes de tudo. “Estamos aguardando um posicionamento do prefeito porque já fizemos um indicativo da Câmara para que ele possa entrar com a intervenção e indicar um interventor que vai passar um pente fino”.
Uma intervenção na Santa Casa vem sendo apontada pela classe política como possível solução. Na última segunda-feira, aconteceu uma audiência pública para a discussão de um modelo de intervenção na unidade de Saúde.
Para o deputado Lúdio Cabral (PT), em entrevista ao
Olhar Direto, ainda é necessário que o Estado abra-se para essa responsabilidade. “A Santa Casa é de Cuiabá, mas Cuiabá é a capital do Estado e atende a população do Estado todo. É preciso que uma equipe técnica elabore com cuidado um plano pra gestão da crise, pra que aí sim o ministério da Saúde faça intervenção”, disse o deputado.
Admitindo que a saúde em Mato Grosso está um caos, o Governador Mauro Mendes (DEM), por outro lado, defendeu no dia 19 que a responsabilidade de manter a Santa Casa de Misericórdia de portas abertas é do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). “Quando eu fui prefeito de Cuiabá nós conseguimos, durante os quatro anos, administrar esse problema da Santa Casa, e eu nunca deixei a Santa Casa fechar. Eu desejo ao prefeito que faça o mesmo”, explica.
O vereador Marcrean Santos acredita que a salvação da Santa Casa deve ser feita em conjunto. Para ele, a responsabilidade não deve cair somente sobre o executivo municipal, é um problema que deve envolver todos: Assembléia Legislativa, Governo do Estado, município, Câmera e União.
