Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Cidades

festa de igreja

Polícia aponta que 'tiros' na casa de advogado que tatuou Lula e Marielle eram fogos de artifício

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Polícia aponta que 'tiros' na casa de advogado que tatuou Lula e Marielle eram fogos de artifício
O advogado e militante de esquerda Paulo Lemes, que ficou conhecido em todo o Estado por ter tatuado o rosto do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e da vereadora assassinada, Marielle Franco (Psol) não teve a sua residência, no município de Matupá (704 km de Cuiabá), atacada com disparos de arma de fogo por motivações políticas, como ele próprio denunciou no mês de março.


Leia também
Casa de advogado que tatuou rostos de Lula e Marielle é alvo de atentado


De acordo com um relatório da Polícia Civil, os supostos disparos que o ativista político se referiu quando fez a denúncia na verdade se tratavam de fogos de artifício disparados na comemoração de uma festa em uma igreja que fica próximo da sua casa.

O jurista, desde que expôs suas tatuagens em redes sociais, tem sido alvo de várias críticas, xingamentos e até ameaças. No dia 21 de março, sua esposa o ligou bastante assustada informando que ouviu disparos de arma de fogo na casa em que o casal mora com os filhos.

Com medo de estar sendo alvo de uma retaliação política, o advogado foi até a delegacia do município e registrou um boletim de ocorrência comunicando o atentado, deixando claro que é um ativista político e que os disparos poderiam ter sido uma forma de o intimidar.

O relatório da Polícia Civil, no entanto, explica que diligências foram feitas nas proximidades da casa do advogado e que testemunhas, incluindo a pessoa que soltou os fogos de artifício foram localizadas.

Como a Polícia Civil entendeu que não houve crime, as investigações preliminares foram arquivadas.

Em nota, encaminhad ao Olhar Direto, o advogado disse que sua família está aliviada com o desfecho da investigação e que ele foi até a delegacia por estar recebendo um 'linchamento virtual' por conta das tatuagens que havia feito pouco menos de uma semana.

Veja a nota:
 
NOTA DE ESCLARESCIMENTO
 
Apenas esclarecendo informações veiculadas dando conta de que o episódio dos supostos tiros em casa teriam sido fogos de artifício, fruto de uma "festa qualquer da igreja católica", ao lado da minha casa.
 
Primeiramente, não foi uma festa tradicional, tampouco na referida igreja, que é enorme e seria quase impossível não ver um evento ali. 
 
Na verdade, pelo que se soube apenas depois, não tendo a mínima noção prévia desse evento atípico, foi uma rápida passagem de "santa", que veio de Brasília para Matupá, na capela que fica atrás ou ao lado da igreja, a depender do ponto de vista, com baixa luminosidade, em uma rua que não tem sequer um poste de luz e um terreno baldio atrás da minha residência. 
 
E não foi uma bateria de fogos. Foi um disparo apenas, com quatro tiros, por uma única pessoa, o que dificultou a diferenciação. Pois, obviamente, caso fosse uma bateria de fogos a probabilidade de induzimento a erro seria mínima, ou nenhuma.
 
Eu sequer estava presente, apenas minha esposa, com nossos três pequeninos filhos, um recém-nascido, outro de 2 e uma de 4 anos. 
 
Como não havia completado sequer uma semana que tinha feito as tatuagens, com o linchamento virtual que sofri, minha companheira estava sob forte estado emocional, o que certamente contribuiu para a alteração de percepção dela, temendo ter sido vítima de tiros, ela e nossa família, com cunho intimidatório, já que estávamos sofrendo ataques virtuais durante toda semana.
 
Então, imediatamente me ligou, pediu que voltasse para casa, era de noite e eu estava no escritório. 
 
Quando cheguei em casa, fiz uma ronda, às luzes da igreja estavam apagadas e não haviam veículos estacionados na rua de casa, como comumente ocorre quando há missa na igreja, às vezes, até fechando a entrada do estacionamento de onde moro, ante a quantidade expressiva de carros.
 
Entrei e minha esposa me relatou os fatos. 
 
Na dúvida, fui até a autoridade policial e comuniquei os fatos. Depois aguardei os trabalhos de apuração, até a conclusão. 
 
Quem agiria diferente? Iria simplesmente desdenhar e ir deitar?
 
Ficamos aliviados por constatar que não foram tiros e agradecidos à Polícia Judiciária Civil, pelo trabalho sério e isento que fora feito.
 
Quanto a cinco minutos de fama, não preciso disso. Desde minha trajetória iniciada no Movimento Estudantil, como diretor da UNE, passando por comissões da OAB, depois como ouvidor-geral da Defensoria Pública de Mato Grosso, presidente do Conselho Nacional das Ouvidorias das Defensorias Públicas do Brasil, chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, na gestão do promotor de justiça, Mauro Zaque.
 
E como articulista de opinião com mais de 500 artigos publicados nos principais periódicos e sites, já tive oportunidade de por muitas vezes ocupar espaço em todos os meios de mídia, rádio, TV, jornal impresso e sites. 
 
Por fim, independente do evento, não paramos de lutar, como não pararemos, seja lá por qual motivo for. E estou tomando providências para acionar judicialmente os autores de comentários caluniosos, difamatórios, injuriosos e ameaçadores. 
 
Não temo nenhum deles e nenhum de vocês, que por outro lado são covardes e criminosos, por se esconderem atrás das mídias sociais e atacar gratuitamente uma pessoa, uma família, achando que o mundo virtual é terra sem lei.
 
Inclusive, se tiverem alguma hombridade, convido para virem ao meu escritório falar o mesmo que falam na Internet. Estarei aguardando com café e pão de queijo.
 
Paulo Lemos é advogado, articulista de opinião, professor universitário e militante político em Mato Grosso.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet