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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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DIA 15

Contra corte de R$ 34 milhões, professores e funcionários administrativos da UFMT aderem à greve geral

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Contra corte de R$ 34 milhões, professores e funcionários administrativos da UFMT aderem à greve geral
Professores e os trabalhadores do setor administrativo da Universidade  Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, na tarde de quinta-feira (9), aderir ao movimento nacional de greve geral, previsto para a próxima quarta-feira (15), contra o corte orçamentário no ensino superior de 30% anunciado pelo presidente  Jair Bolsonaro (PSL), na última semana. Além de uma mobilização no Campus Cuiabá, os trabalhadores devem se unir às 14 horas, na Praça da Republica, na região central da Capital. Na quarta-feira (8), os estudantes já haviam anunciado que iriam se mobilizar contra o corte, que representa R$ 34 milhões, além da Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal. 


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Na reunião estiveram presentes membros da administração superior, diretores de unidades acadêmicas dos cinco Câmpus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (Sintuf/MT) e da Associação dos Docentes (Adufmat - Seção Sindical).

Dentre as medidas emergenciais adotadas pela UFMT está a diminuição de viagens de estudantes para eventos de pesquisa e para aulas de campo; a suspensão dos editais de mobilidade entre as instituições públicas de ensino superior de Mato Grosso previsto para 2019 e de mobilidade internacional para técnicos em educação; e a redução dos recursos voltados para capacitação dos servidores.

A prioridade, de acordo com a UFMT, é trabalhar para reverter, o mais rápido possível, o bloqueio. Conforme explica a reitora da UFMT, professora Myrian Serra, se isso não ocorrer, os contratos não serão honrados, o que inviabilizará o funcionamento da universidade no segundo semestre. 

As áreas mais afetadas serão as de pesquisa e de ensino de pós-graduação. Além da diminuição nos investimentos com laboratório, insumos de pesquisa e equipamentos, o bloqueio de 30% torna todas as ações da universidade insustentáveis pela falta de energia, limpeza e segurança, explicou a pró-reitora de Pesquisa, professora Patrícia Silva Osório.

A pós-graduação também sofre o impacto no corte das bolsas, o que fragiliza os 66 programas existentes. “A médio prazo, isso impede a formação de profissionais de ponta para a região e, a longo prazo, compromete todo o desenvolvimento científico, econômico e social”, disse a pró-reitora de Ensino de Pós-Graduação, professora Ozerina Victor de Oliveira.

De acordo com a assessoria de imprensa, a UFMT possui mais de 680 projetos de extensão atuando diretamente nas comunidades em que se insere e esse número chegaria a mil até o final do ano. No entanto, o bloqueio pode inviabilizar a continuação desses projetos. Para o professor Fernando Tadeu de Miranda Borges, pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência, “se a universidade paralisa, todos esses programas e projetos vão deixar de ser atendidos. São muitas atividades ligadas à cultura, à saúde, ao conhecimento que impactam diretamente na população”.

O representante estudantil Rauge da Silva Lemos salientou a necessidade de uma mobilização social em prol das instituições públicas de ensino superior. “Para estudantes como eu, que vieram de famílias pobres, a universidade pública é a oportunidade de mudança de vida. O bloqueio é triste, mas não me desanima, pois temos vontade de lutar para conquistar melhores condições de ensino e porque queremos que outras pessoas como eu tenham acesso à universidade pública e de qualidade”, disse.

Já a representante dos técnicos em Educação de Várzea Grande Denize da Silva Mesquita afirmou que o bloqueio é um ataque às universidades e pode vir a comprometer sua existência, por isso a importância de uma manifestação pública em defesa delas.
 
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