Enquanto alguns setores ainda engatinham uma recuperação da crise econômica mundial, o Shopping Popular de Cuiabá já correu atrás do prejuízo e superou o déficit de vendas, que ocorreu em decorrência de reflexos da crise financeira que se iniciou em setembro do ano passado nos Estados Unidos e se espalhou por todo o mundo.
Misael Galvão, presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular, conta que não tem números precisos que mostrem a oscilação das vendas, pois cada box possui sua autonomia. Mas garante que o fluxo de pessoas que circulam diariamente pelo local é um bom termômetro para saber a quantas andam as vendas do shopping.
Hoje, passada a crise, o número de pessoas que circulam no local diariamente varia de 8 a 10 mil. No auge da crise, o volume máximo chegava a 7 mil pessoas por dia. A fórmula usada pelos comerciantes para driblar o infortúnio financeiro foi simples, diminuir a margem de lucro.
Galvão conta que os camelôs associados resolveram diminuir seus lucros, consequentemente abaixando o valor dos produtos e conquistando os fregueses. Para ele, o pior da crise foi o medo que as pessoas tinham de comprar, e a atitude do shopping foi a de atuar no sentido de incentivar o consumo dos clientes fiéis.
15 anos de trabalho
No dia 1° de abril do ano que vem,o Shopping Popular comemora 15 anos. Misael Galvão, que está presente desde o começo, conta que, junto com seus companheiros, conta que já passou muito "perrengue".
Ele lembra que antes de ter aquele local, os camelôs ficavam no centro de Cuiabá, até que para “arrumar” a cidade, o então prefeito José Meirelles os mandou pra lá.
Sem infraestrutura nenhuma, várias barracas chegaram a ser vítimas de enchente. Mas graças a soma de vários esforços o shopping popular melhorou, “hoje está ótimo”, comemora.
Até chegar no patamar que está, muita gente trabalhou duro. E no ano que vem, quando serão comemorados 15 anos de shopping popular. Galvão conta que pretende homenagear políticos, empresários e todas as pessoas que ajudaram o local. Além das homenagens, o presidente da associação diz que mais surpresas vêm por ai.
