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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Fórum Sindical prepara protesto para visita de Bolsonaro a Mato Grosso

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Fórum Sindical prepara protesto para visita de Bolsonaro a Mato Grosso
O Fórum Sindical de Mato Grosso decidiu, em reunião na manhã desta terça-feira (28), que irá enviar uma comissão para o Ato Público de recepção ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), no próximo dia 5 de junho em Barra do Garças (a 514 km de Cuiabá). Na ocasião também deve estar presente o governador Mauro Mendes (DEM). Na reunião os sindicalistas também decidiram que irão recorrer às esferas superiores sobre a dispensa de licitações e viram como ameaça a declaração do Governo, sobre o corte dos servidores em greve.

 
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A reunião do Fórum Sindical aconteceu na manhã de hoje (28), juntamente com o Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), para avaliar o primeiro dia de greve da Educação Básica.
 
Os servidores viram como ameaça o pronunciamento do Governo, de que cortará o ponto dos servidores em greve e que estuda demissões de servidores efetivos. Para os sindicalistas, as “ameaças” do Governo “contradizem o discurso de campanha e tentam inibir a luta dos trabalhadores”.
 
O Fórum Sindical ainda disse que irá questionar nas esferas superiores o Decreto Governamental de Calamidade, que apesar de, conforme disse em nota, “ter caído por terra, o governo continua insistindo na contratação de despesas com dispensa de licitação com esse embasamento, e também desta forma não cumprindo com a legislação vigente”.
 
Os sindicalistas também criticaram a postura do Tribunal de Contas e o Ministério Público, afirmando que existe um conflito de interesses direto, pois passaram “a emitir pareceres contrários ao cumprimento das leis vigentes com as categorias do Poder Executivo”, e afirmaram que a Justiça já está avaliando isso nas ações movidas pelos servidores. Também acusaram a Assembleia Legislativa de ser omissa.
 
Ao final ficou decidido que o Fórum Sindical irá dar apoio às manifestações dos servidores, que fará uma paralisação no próximo dia 14 de junho “em defesa da aposentadoria e Educação” e que irá enviar uma comissão para o Ato Público de recepção ao presidente Jair Bolsonaro, em Barra do Garças, no próximo dia 5 de junho.
Bolsonaro estará no lançamento do programa Juntos Pelo Araguaia, na ponte que liga as cidades de Aragarças (GO) e Barra de Graças. O projeto é realizado pelo Governo de Goiás, com parceria do Governo Federal e do Governo de Mato Grosso, sendo que o governador Mauro Mendes também deve estar presente no evento.
 
Veja o que foi decidido pelo Fórum Sindical:
 
1) Apoio com a participação das lideranças e categorias nas manifestações do dia 30/5 em defesa da Aposentadoria e Educação;
 
2) Enviar comissão do Fórum Sindical para participação no Ato Público de recepção ao presidente Bolsonaro e governador Mauro Mendes no dia 5/6 em Barra do Garcas;
 
3) Convocação de Assembleias Gerais das categorias para participarem do Ato Público Unificado a Greve da Educação no dia 10/6 as 16h em frente ao colégio Presidente Medice (Av. Mato Grosso em Cuiabá;
 
4) Instalação de Assembleias Permanentes e deliberar através destas o indicativo de greve das demais categorias;
 
5) Deliberar nas Assembleias Gerais a paralisação de 24 horas no dia 14/6 em defesa da aposentadoria e Educação.
 
Greve
 
Quase que a totalidade dos recursos que a Seduc tem à disposição está comprometida com folha de pagamento. De acordo com o governador, ceder à pressão da greve neste momento, além de prejudicar o pagamento de salários no futuro, também acabará por precarizar ainda o ensino em Mato Grosso.
 
“Se nós déssemos esse aumento, seguramente nós íamos aumentar o atraso de salário ou complicar ainda mais a péssima infraestrutura da educação hoje. Porque praticamente 94% do que nós mandamos para a secretaria, de todo o orçamento, é gasto com pessoal. Sobra só 6% para transporte escolar, comprar merenda, reformar escola, pagar conta de água, conta de energia, fazer todo o custeio das escolas. Então, se nós dermos esse aumento, ai dali a pouco não vai ter dinheiro é pra nada, nem para transportar os alunos, nem pagar conta de energia. Nós vamos gastar 100% do orçamento com salário e ai as escolas vão ser fechadas por falta de infraestrutura”, argumentou.
 
Mendes ainda sustenta que a greve é resultado da falta de recursos do Estado, mas não da falta de diálogo.
 
“Semana passada houve duas reuniões. Nós estamos abertos para dialogar. Agora, ter diálogo significa fazer o que se pede? Nós sentamos na semana passada na sexta-feira, na semana anterior sentamos com o sindicato. O que mais precisa fazer para demonstrar que estamos dialogando? Nós sentamos duas semanas consecutivas, representantes do governo, a secretária Marioneide, com o secretário Basílio, secretária Marioneide com o secretário da Casa Civil, e foi feito amplas, longas, horas e horas de discussão. O que mais precisa ser feito? Agora, não tem a menor condição hoje, lamentavelmente, não tem. Eu pergunto: vocês, cidadãos estão dispostos a pagar mais impostos para arrumar dinheiro para pagar esses R$ 200 milhões? Se fizermos uma pesquisa e a população disser que pode dar o aumento e ai pode aumentar mais impostos em Mato Grosso, eu tenho certeza que ninguém aguenta mais aumento da carga tributária do nosso estado”.
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