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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Polícia investiga

Agentes públicos e políticos podem estar envolvidos com grupos de Arcanjo e delator da 'Sodoma'

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Agentes públicos e políticos podem estar envolvidos com grupos de Arcanjo e delator da 'Sodoma'
O delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz), não descarta a possibilidade de agentes públicos e políticos participarem dos crimes cometidos pelas organizações criminosas desmanteladas pela ‘Operação Mantus’, deflagrada na última quarta-feira (29) e que resultou na prisão de João Arcanjo Ribeiro. Até o momento, o nome de nenhuma autoridade veio a público, mas as investigações seguem.  


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“Sabemos que pode ter participação de agentes do Estado. Ainda não foi detectado, mas é uma possibilidade. Vamos analisar com calma e juntamente com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para definir as próximas diligências”, disse o delegado, que ainda acrescentou que todos os alvos da operação devem ser ouvidos em até dez dias.
 
Diversos materiais, anotações e máquinas do ‘jogo do bicho’ foram apreendidas pela polícia, na ação da última quarta-feira. Além disto, uma grande quantia em dinheiro (R$ 200 mil) foi encontrada na casa de João Arcanjo Ribeiro. Em uma das empresas dele, que seria usada para lavagem de dinheiro, os investigadores acharam mais R$ 100 mil.
 
As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.
 
Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.
 
Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
 
No total, foram expedidos 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
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