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Segunda-feira, 13 de maio de 2024

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Falou na saída da GCCO

Ex-policial civil, braço armado de Arcanjo alega inocência mas se cala em depoimento; vídeo

Foto: Olhar Direto/Reprodução

Ex-policial civil, braço armado de Arcanjo alega inocência mas se cala em depoimento;  vídeo
Noroel Braz da Costa Filho, apontado como braço armado do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro e também preso na 'Operação Mantus', deflagrada na última quarta-feira (29), decidiu ficar em silêncio durante seu depoimento na sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), nesta sexta-feira (31).


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Ao Olhar Direto, Noroel disse, antes de entrar na viatura para ser conduzido à Penitenciária Central do Estado (PCE), que é inocente e nenhuma das acusações contra ele procedem.



Noroel foi policial civil na década de 80 e é apresentado como um dos homens de confiança de Arcanjo, atuando com o ex-comendador há mais de 30 anos.

Durante seu depoimento, Noroel resolveu ficar  silêncio e afirmou que apenas se pronunciará em juízo.

O advogado de Noroel, Mauro Laurindo, afirmou que o cliente somente irá se pronunciar em juízo e que irá recorrer da prisão. Porém, preferiu não revelar a estratégia da defesa.

Histórico

Noroel Braz da Costa Filho, apontado como assessor direto de Arcanjo, seria o ‘braço armado’ do ex-comendador e o responsável pela segurança das operações e cobranças. Em uma conversa interceptada pelas autoridades, ele afirma que está no sistema há mais de 30 anos, trabalha direto com a presidência e que “Mato Grosso tem dono”.
 


Também foram ouvidos nesta sexta-feira (31), Paulo Cesar Martins e Bruno Cesar Martins, pai e filho, que também estariam envolvidos no grupo de João Arcanjo. O primeiro teria a função de supervisionar e recolher o dinheiro do 'jogo do bicho'. Já o segundo, seria apenas o recolhedor.

Mantus

As investigações iniciaram em agosto de 2017, conseguindo descortinar duas organizações criminosas que comandam o jogo do bicho no Estado de Mato Grosso, e que movimentaram em um ano, apenas em contas bancárias, mais de R$ 20 milhões. Uma das organizações é liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues, já a outra é liderada por Frederico Muller Coutinho.
 
Durante as investigações, foi identificada uma acirrada disputa de espaço pelas organizações, havendo situações de extorsão mediante sequestro praticada com o objetivo de manter o controle da jogatina em algumas cidades.
 
Os investigadores também identificaram remessas de valores para o exterior, com o recolhimento de impostos para não levantar suspeitas das autoridades. Foram decretados os bloqueios de contas e investimentos em nome dos investigados, bem como houve o sequestro de ao menos três prédios vinculados aos crimes investigados.
 
Os suspeitos vão responder pelo crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, contravenção penal do jogo do bicho e extorsão mediante sequestro, cujas penas somadas ultrapassam 30 anos.
 
No total, foram expedidos 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.
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