Um grupo de diretores da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso, liderada pelo presidente da insituição, Mauro Mendes, está em Brasília defendendo a não redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas. A medida faz parte da Proposta de Emenda Constitucional 231/95, que está para ser votada pela Câmara dos Deputados.
Representantes de federações das indústrias de todo o país estão reunuidos, neste momento, em Brasília, no gabinete do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) . Os empresários consideram que a medida é ineficaz para a geração de empregos. "É uma proposta casuística, inoportuna e sem qualquer efeito prático", disse o presidente da FIEMT, Mauro Mendes em entrevista ao
Olhar Direto.
Ainda segundo Mauro Mendes, ao contrário do que pensam sindicalistas e alguns setores do governo, a redução na jornada de trabalho não vai gerar mais emprego. "Ao contrário, pode gerar desemprego e aumentar a automação nas empresas", diz Mendes.
A PEC 231/95 prevê também um acréscimo de 50 para 75% no valor da hora erxtra trabalhada. "É uma composição casada altamente prejudicial para os pequenos e micro empresários", avalia Fernando Kusai, diretor da Fiemt, que faz parte da delegação mato-grossense. Segundo o empresário, a medida pode trazer mais demissões nas pequenas e micro empresas, bem como aumentar os níveis de informalidade no setor produtivo..
O presidente da Federação das Indústrias, Mauro Mendes, dá como exemplo o que ocorreu no setor bancário, quando a categoria lutou e conseguiu a redução para jornada de trabalho em 30 horas, acreditando num aumento da oferta de emprego. "O que ocorreu no setor foi uma grande automação e uma queda brutal no nível de empregos no setor", afirma Mauro Mendes.