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Domingo, 05 de maio de 2024

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Depoimento da mãe

Duas semanas antes de homicídio, cuiabano teria enforcado enteado em Portugal

Foto: Reprodução

Duas semanas antes de homicídio, cuiabano teria enforcado enteado em Portugal
O cuiabano Joaquim Lara Pinto, acusado de assassinar o próprio enteado, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto em 2016, a 100 metros de casa, em Portimão (Portugal), teria enforcado a vítima durante uma briga, duas semanas antes do homicídio. As informações constam no depoimento - obtido pelo Olhar Direto - da mãe do adolescente, Célio Barreto, à Polícia Judiciária (PJ) daquele país.


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Em seu depoimento, Célia contou aos policiais que Joaquim Lara sempre manifestou desagrado com a presença de Rodrigo em sua casa. Em certo dia, ela revela que teve de separar os dois, quando estavam em vias de se agredir.
 
Cerca de duas semanas antes de Rodrigo Lapa desaparecer, Célia conta que o filho assumiu que tentou arrombar a porta da dispensa da casa, local onde Joaquim tinha guardado os seus pertences, em um cofre, onde também havia dinheiro.
 
Na manhã do dia 22 de fevereiro de 2016, Rodrigo acordou por volta das 07 horas, se vestiu e colocou a mochila nas costas. Quando saia do quarto, Joaquim teria pego o adolescente por trás e, com o braço direito, teria apertado o seu pescoço.
 
O adolescente então teria ficado imobilizado, já que o cuiabano era muito mais forte que ele. Célia ainda revelou que seu filho falava e respirava com muita dificuldade, enquanto Joaquim Lara continuava a apertar o seu pescoço, por trás. Depois, o mato-grossense teria arrastado o menor até a cozinha e dito: “vamos conversar”.
 
Depois de cinco minutos, Joaquim retornou ofegante. Porém, Célia disse que saiu de casa para levar sua filha ao médico. Quando voltou para sua residência, no meio da manhã, a mãe do menor disse que o cuiabano estava tomando banho. Ela ainda lembra que notou um arranhão nas costas do companheiro e que depois disto não viu mais o filho.
 
Depois disto, Joaquim deixou Portugal e seguiu em viagem para o Brasil, como já estava planejado anteriormente. Desde então, o mato-grossense mora no bairro Tijucal, em Cuiabá.
 
Em meados de maio, o advogado Pedro Proença, que representa o pai de Rodrigo, Sérgio Lapa, disse ao Olhar Direto que luvas de látex, utilizadas no crime, foram encontradas, no dia do crime, junto ao corpo de Rodrigo Lapa. O material foi analisado pela perícia, que apontou a presença de DNA do cuiabano nelas.
 
“Para lá do horror inerente às fotografias tiradas da vítima no local do crime e na autópsia médico legal, só por si reveladores da tremenda brutalidade dos fatos, os advogados do pai da vítima foram confrontados com provas obtidas pela Polícia Judiciária (PJ) de Portimão que apontam sem qualquer margem de dúvida para o referido Joaquim Lara como o autor do homicídio”, disse o advogado.
 
Por conta disto, a defesa peticionou à Procuradora Geral da República uma petição pedindo intervenção urgente junto as autoridades judiciarias brasileiros para que promovam, de forma urgente, acusação contra Joaquim Lara pelo crime de homicídio qualificado. Além disto, requereu a nomeação de um representante especial para acompanhar o processo no país e informar a PGR de Portugal sobre o desenvolvimento do processo.
 
Em setembro de 2017, Joaquim se apresentou na Interpol. Porém, o advogado dele, Raphael Arantes, explicou ao Olhar Direto que ele permaneceu em silêncio durante todo o depoimento. “Foi apresentado um laudo de um médico psiquiatra, que aponta que meu cliente encontra-se impossibilitado de prestar depoimento”.
 
O laudo aponta que o cuiabano está “sem discernimento”. A defesa ainda ressalta que irá aguardar o andamento processual e lembra que desde o início, Joaquim se apresentou espontaneamente à Polícia Federal: “O único interesse é esclarecer a situação e demonstrar a sua inocência no caso”.
 
O caso
 
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
 
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
 
Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.
 
Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.
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