“Página virada”, pontuou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), ao ser questionado sobre a sucessão de alfinetadas entre ele o suplente de senador Fábio Garcia (DEM). Confiante na aliança com o Democratas, o emedebista disse que ficou chateado com o que classificou como “delegância” por parte de Garcia, que descartou a possibilidade de apoio a uma eventual candidatura à reeleição do atual chefe do Alencastro.

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“Naquele momento eu fiquei um pouco chateado com a deselegancia dele comigo, porque ele é meu amigo, sou amigo da família, votei nele para deputado federal. Aquilo que eu falei era um contexto geral, vocês que ligaram a ele. Mas o Fábio, eu gosto muito dele, tenho muito respeito, tenho amizade grande, sou admirador da história do avô dele. Para mim está superado”, disse Emanuel Pinheiro.

“Aquilo” ao qual o prefeito se refere foi a declaração de que Cuiabá precisava “de um suplente de senador muito melhor e de construtoras muito melhores”, uma resposta à nota divulgada por Garcia no dia anterior, em que rejeitava aliança com Emanuel e também dizia que a Capital precisava de um prefeito melhor.

Pinheiro faz referência à atividade política do ex-deputado federal, mas também alfineta a atividade privada da família do suplente de Jayme Campos. É da família de Fábio Garcia a construtora Engeglobal, responsável, por exemplo, por obras planejadas para a Copa do Mundo 2014 como a do Aeroporto Marechal Rondon e os centros de treinamento (COTs) do Pari e da Universidade Federal de Mato Grosso. A Engeglobal entrou em recuperação judicial em 2018 com dívidas de R$ 48,7 milhões.

Garcia não se pronunciou mais desde então. Emanuel Pinheiro, por sua vez, voltou a sustentar o apoio do DEM ao seu ainda indefinido projeto de reeleição. “O que eu disse e reitero é que tenho amigos no DEM que estão entusiasmados com a minha candidatura. Conversa com o Botelho para ver qual a opinião dele sobre Cuiabá. Jayme e Júlio também. Eu fico orgulhoso de ver que parte de um dos maiores partidos do Estado, o partido do governador, está entusiasmado e quer construir uma ponte para se eu for candidato me apoiar. Isso para mim é motivo de orgulho e não de briga. Então, para mim é página virada”, pontuou.