Os investimentos de infraestrutura que serão feitos na cidade Lucas do Rio Verde (a 335 km de Cuiabá) podem gerar retorno de até R$ 600 milhões. A previsão é de Feliciano Azuaga, Doutor em Economia e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), e faz parte de um estudo técnico de avaliação de impacto de projetos de infraestrutura feito pelo Centro de Informações Socioeconômicas (Cise), da Universidade Estadual de Mato Grosso (UFMT).

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“No valor global, nos próximos dez anos, a economia para o Município de Lucas do Rio Verde, com um pequeno investimento em infraestrutura, chega na ordem de R$ 600 milhões”, aponta Azuaga. Ele acrescenta que muitos questionam o valor a ser investido, quando se deve pensar no retorno social que tal investimento irá trazer.

O município deve investir na aquisição de material para a execução do esgotamento sanitário dos bairros Bandeirantes e Parque das Emas e do Loteamento Dalmaso, bem como aquisição de máquinas, equipamentos e usina CBUQ, para a execução do sistema de esgotamento sanitário, além da execução de recuperação asfáltica das obras realizadas e aquisição de material para pavimentação e recapeamento asfáltico de diversas vias localizadas na municipalidade.

Ele usa como exemplo o investimento no esgoto. Se for investido R$ 17 nesta área, o retorno para a saúde é de mais de R$ 90 milhões. O professor faz essa associação porque, segundo ele, ao investir no esgoto é realizada uma prevenção de patologias vinculadas à contaminação de água, por exemplo. O impacto também atinge a área econômica porque “quando você injeta novos investimentos em infraestrutura, isso movimenta a construção civil e, principalmente, o segmento de serviços da cidade”.

“É um serviço básico e que as pessoas merecem ter acesso. Na Europa, esgoto é um problema que já foi resolvido há mais de 200 anos e aqui ainda temos cidades sem esgoto. E se eu tenho gastos com saúde, a questão é: se eu investir em saneamento, eu posso resolver isso e economizar nessa rubrica, tendo assim até recurso disponível para aplicar em outras áreas”, ressalta.