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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Falta de segurança

Comerciantes pedem socorro e alertam sobre invasões e furtos na região da Prainha

Foto: Thaís Fávaro/Olhar Direto

Comerciantes pedem socorro e alertam sobre invasões e furtos na região da Prainha
Comerciantes da região da Praça Bispo Dom José, na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), em Cuiabá, estão desesperados com a onda de furtos em suas lojas. Alguns comércios já foram vítimas dos criminosos até três vezes na mesma semana. Em protesto, eles resolveram colocar uma faixa em frente às lojas para alertar sobre as invasões. “Comerciantes pedem socorro: a cada quatro dias um comércio é arrombado”, diz o aviso. A PM afirmou que irá reforçar o policiamento na região para tentar coibir a ação dos criminosos.


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As ações ocorrem de forma parecida, a invasão é pelo forro e ocorre sempre durante a madrugada. José Braga, de 54 anos, possui duas lojas na região e as duas foram vítimas de furto. Uma das lojas, que vende bijuterias e acessórios para o atacado, funciona há 13 anos no local e foi invadida três vezes na mesma semana. Ele contou ao Olhar Direto que a faixa só serviu para chamar a atenção das pessoas, mas que não intimidou os ladrões. “A ideia de colocar a faixa foi de um amigo e achei que seria legal. No dia que colocamos a faixa o meu filho veio na loja por volta da meia noite e pegou o cara já pulando daqui de dentro, nesse dia eles fizeram o limpa e levaram quase todo o meu estoque, a faixa não inibiu a ação deles”, diz.



José buscou ajuda com a polícia e com alguns políticos, mas garante que enquanto os comerciantes não se unirem não será possível avançar na segurança. “Se o pessoal se unir a gente acaba ficando na mão de bandido. Você vai atrás dos políticos, atrás do poder público e ninguém faz nada. A polícia ficou de fazer ronda, mas não adiantou nada porque os ladrões entram pelos fundos e pelo telhado, então quem passa aqui na frente não vê o que está acontecendo. A surpresa fica por conta da gente quando abre a porta e se depara com o prejuízo”, afirma.

Na madrugada desta sexta-feira (5) os criminosos invadiram uma loja de artigos religiosos, que fica atrás da praça.  “Derrubaram algumas imagens, reviraram algumas coisas e levaram um aparelho de som e alguns cigarros. A gente acha que eles estavam procurando dinheiro porque de mercadoria mesmo não levaram quase nada, mas o prejuízo teve porque quebraram o forro e cada cigarro custa R$ 8, eles levaram duas caixas, não tenho nem como passar o valor exato do prejuízo pra vocês”, desabafa uma das funcionárias, que preferiu não se identificar.



Edson Alves dos Santos possui uma loja de bonés e mochilas. Os criminosos invadiram a loja duas vezes em uma semana. Além dos prejuízos com os materiais que foram levados, o empresário precisou investir aproximadamente R$ 12 mil. “Você não consegue dormir e quando dorme você sonha que está sendo roubado”, lamenta.

“A primeira pancada que eu tive foi de mais ou menos R$ 5 mil, isso em preço de custo. A mercadoria tinha acabado de chegar de São Paulo, se for for calcular pelo preço de venda o prejuízo foi muito maior. Tem 20 dias que começaram a entrar nas lojas aqui. Na minha loja entraram pelo forro. Em cima do forro ainda tem algumas tabuas e grades de ferro, eles arrebentaram as tabuas e por onde eles conseguir ir enfiando a mão eles foram roubando as mercadorias”, continua.



Edson acredita que sejam os mesmos criminosos que estejam agindo na região e que possivelmente eles estejam pegando as mercadorias para repassar para algum comerciante que compre por um valor muito abaixo do preço de mercado. “Boca de fumo não vai mexer com boné em grande quantidade, eu acredito que eles pegam aqui para revender ou passar para algum outro comerciante. Outro dia entraram na farmácia aqui da esquina, levaram tudo, não deixaram nenhum remédio, ou seja, que bandido que vai querer remédio? A polícia precisa pegar esses caras e investigar pra saber quem está comprando a preço de banana e favorecendo a bandidagem”, afirma.
 
A Polícia Militar informou através de nota que ações são realizadas de forma estratégica inclusive com rondas, blitz e bloqueios para abordagem e checagem de qualquer atitude suspeita, mas que irá reforçar o policiamento na área.
 
Veja nota na íntegra:

A Polícia Militar informa que na área central de Cuiabá há unidade de policiamento que mantém serviços de rondas diurnas e noturnas e ações estratégicas, entre as quais blitz e bloqueios para abordagem e checagem de pessoas e veículos, entre outras modalidades de prevenção e repressão à violência.

Além de reforçar o policiamento nessa área, a PM se coloca à disposição da comunidade para discutir a adoção de outras medidas para melhoria da segurança.
A PM lembra que na área central, como Praça Bispo e Maria Taquara, as ações públicas não podem se limitar ao policiamento ostensivo, não necessárias intervenções de órgãos da saúde e assistência social.


A Polícia Militar ainda pede que a população denúncie qualquer ocorrência ou atitude suspeita através do disque-denúncia 0800 65 3939. Nesse número, sem custo de ligação, qualquer cidadão pode informar situações suspeitas ou crimes como roubos e furtos, presença de foragidos da justiça com mandado de prisão em aberto e ponto de venda de droga.
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