Em tom de desdém, o deputado federal Pedro Henry (PP) contestou as informações do jornal Correio Brasiliense e também da imprensa mato-grossense de que ele não seria mais candidato à reeleição nas eleições gerais de 2010. Irônico, o parlamentar sustentou que "essas matérias foram plantadas".

“Não dei nenhuma entrevista à imprensa nacional. Jamais afirmei a ninguém que não seria candidato a reeleição. Nem imagino de onde os jornalistas tiraram essa informação”, defendeu-se Henry.

Nas informações veiculadas, os jornalistas dizem que o parlamentar teria dito a correligionários que não estaria disposto a enfrentar mais uma disputa na Câmara Federal por ter enfrentado desgastes e ter seu nome relacionado em dois grandes escândalos que investigam o desvio de dinheiro público (Mensalão e Sanguessugas).

Por esse motivo, o progressista estaria perdendo a visibilidade no cenário político de Mato Grosso. O que atestaria isso seria a redução na quantidade de votos nas eleições de 2006, com 73.312 votos, diferentemente de 2002, eleito o parlamentar mais bem votado em todo o estado, com 120.840 votos.

"Oras, eu reduzi minha votação porque tive que ceder mais de 15 prefeitos da minha base para outros candidatos a deputado federal do PP, como foi o caso do Chico Daltro (atual secretário de Ciência e Tecnologia), que quase foi eleito", explica.

Henry lembra ainda que estava numa campanha para o Senado, em 2006, quando recuou do projeto, obrigando o PP a refazer sua estratégia política.

"Meus companheiros do PP já estavam em campanha para deputado federal e eu tive que fazer concessões em minha base. Aliás, quero até elogiar a postura do Chico Daltro, porque quase conseguiu se eleger, sendo extremamente ético com todos os prefeitos que lhe cedi e adotando uma postura digna", salienta.


Atualizada e corrigida às 10h09