Gabriel Monteiro (à dir.) durante visita ao gabinete de Ulysses Moraes, na Assembleia Legislativa de MT, acompanhado do vereador de São Paulo, Fernando Holiday
O deputado estadual Ulysses Moraes (DC) saiu em defesa do colega Gabriel Monteiro, policial militar e membro do Movimento Brasil Livre (MBL), que esta semana se envolveu em uma confusão durante o velório da menina Ágatha Vitória Sales Felix, no Rio de Janeiro. Monteiro esteve em Mato Grosso no mês passado e visitou o gabinete de Ulysses na Assembleia Legislativa. Questionado sobre o comportamento o amigo, o deputado contou que já passou por situação semelhante e que, no lugar do policial, talvez tivesse adotado “as mesmas providências”.
“O Gabriel esteve aqui outro dia. A gente conversa bastante. O que ele me disse sobre isso é que ele agiu em legitima defesa, foi essa a narrativa dele. E ele foi alvo de muitas fake news, eu também já fui e sei como é que funciona isso, sei que muitos ataques são injustos. Então, eu prefiro acreditar na historia dele, de que ele estava acuado e tinham muitas pessoas o cercando. Eu, inclusive, já fui vitima de agressão enquanto pré-candidato, na época que eu só gravava meus vídeos, me chutaram varias vezes. E provavelmente, se fosse eu naquela situação, se estivesse acuado, talvez tomasse as mesmas providencias. Acredito que foi uma reação”, defendeu o deputado.
Gabriel Monteiro tem 24 anos e, além de policial militar e integrante do MBL, também é youtuber e soma mais de um milhão de seguidores na internet. O vídeo do episodio da agressão, inclusive, foi publicado em seu canal. Segundo ele, o soco no ativista Felipe Gomes ocorreu em "legítima defesa para fugir de um aglomerado de pessoas, contra um elemento que me xingava e agredia". (Veja o vídeo abaixo)
Na versão de Felipe, que é organizador do Marcha das Favelas, a tensão começou quando ele questionou Gabriel sobre seus posicionamentos em relação aos problemas da favela e os números citados pelo policial de apreensão de fuzis no Estado do Rio de Janeiro.
Morte de Agatha
A discussão entre os dois aconteceu durante o enterro de Agatha Félix, de 8 anos, que morreu após ter sido atingida por um tiro nas costas durante operação policial no Complexo do Alemão.
A criança foi atingida quando estava com o avô em uma kombi na favela Fazendinha, no Complexo do Alemão, onde a família mora. Segundo testemunhas, ela estava sentada no veículo quando policiais militares atiraram em uma moto e atingiram o veículo, baleando a criança.
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