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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Comércio fechou

Garimpeiros arrastam carros de mineradora e clima fica tenso em cidade alvo de operação da PF; veja

Foto: Reprodução

Garimpeiros arrastam carros de mineradora e clima fica tenso em cidade alvo de operação da PF;  veja
O clima é de tensão na cidade de Aripuanã (704 quilômetros de Cuiabá), onde um garimpo ilegal foi fechado em ação da Polícia Federal e forças de segurança do Estado, na última segunda-feira (07), durante a segunda fase da ‘Operação Trypes’. Na manhã desta terça-feira (08), garimpeiros arrastaram duas caminhonetes de uma empresa. O comércio está fechado, temendo represálias.


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Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram diversos garimpeiros se manifestando contra a ação das autoridades. Mais cedo, eles fizeram uma carreata pelas ruas do município. Depois, foram até a sede da empresa Nexa Votorantin, que opera na região e foi obrigada a colaborar com a Polícia Federal, onde duas caminhonetes foram arrastadas no meio da rua.
 


Um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) faz sobrevoos pela cidade e dá apoio à ação. O prefeito da cidade, Jonas Canarinho (PR), disse ao Olhar Direto temer que algo mais grave aconteça. “Pedimos sensatez. Os lideres estão pregando tranquilidade, mas isso pode mudar muito rápido”.

O garimpo ilegal contava com uma população de 1,5 mil pessoas. Atraídos pela ‘febre do ouro’, todos montavam seus barracos na extensa e depredada área. Nesta terça-feira (08), após a morte de um garimpeiro em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a população fez um protesto pelas ruas da cidade.

O garimpo ilegal esta em funcionamento desde outubro de 2018. No local, há pessoas armadas e isso tem contribuído para homicídios. Além disso, há outros crimes cometidos na área, como: ambientais, contra o patrimônio e tráfico ilícito de drogas.



Morte
 
Um garimpeiro, ainda não identificado, morreu em confronto com o Bope, na segunda-feira (07). Os policiais orientaram que todos deixassem o local. Porém, em um dos barracos, o homem disparou tiros contra a equipe, que revidou e o atingiu com dois tiros na região do tórax. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
 
Fazem parte da ação, além das policiais Militar e Federal, Sistema Penitenciário, Polícia Judiciária Civil (PJC), Corpo de Bombeiros, Grupo de Operações Especiais (GOE) da PJC, Politec, Polícia Militar, Força Tática, Rotam e os fiscais do Ibama e da Sema.

 

Fase 1
 
No dia 26 de setembro, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da ‘Operação Trypes’, com o objetivo de investigar irregularidades na extração de ouro em garimpos de Mato Grosso.  Foram cumpridos mandados de prisão em Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta.
 
A ação tem ligação com o avião localizado em junho deste ano, na cidade de Aripuanã, com uma quantidade em ouro.


 
O caso
 
Policiais militares de Aripuanã (1002 quilômetros de Cuiabá) prenderam, em junho deste ano, dois suspeitos identificados como R.R.L., 34 anos, e W.B.F., 33 anos, em um aeroporto na zona rural do município. Com eles foram apreendidos 6,5 quilos de ouro avaliados em R$ 7 milhões, além duas pistolas (9mm e 635) com seus respectivos carregadores e 27 munições intactas.
 
De acordo com informações da PM, uma equipe fazia rondas pelo local quando avistou uma aeronave de pequeno porte pousando e logo em seguida levantando voo novamente, sem que ninguém descesse.
 
Próximo da área de pouso havia uma caminhonete Hilux de cor preta com dois homens do lado de fora, bem próximos do veículo. Os policiais suspeitaram da situação e decidiram abordá-los.
 
Dentro do carro, em uma caixa de papelão, estava o ouro, precisamente seis quilos e 570 gramas. O suspeito R.R.L., 34 anos, que portava uma das pistolas, confessou ser o dono do ouro.
 
Ele disse que estava aguardando a aeronave que levaria o ouro, mas não fez referência ao avião que havia pousado minutos antes e levantado voo.
 
A outra arma, também pistola, estava no carro. O outro suspeito, também detido, W.B.F., 33 anos, não portava nada de ilícito. O “dono do ouro”, R.R.L. disse ser proprietário de um moinho (equipamento que faz a moagem das pedras e separação do ouro) dentro de um garimpo na região, mas admitiu não ter nota fiscal do metal e nem registro das armas.
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