O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) declarou que seu filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), é porta-voz do povo mato-grossense, em recado ao governador Mauro Mendes (DEM), que na semana passada disse que o parlamentar não fala pelo chefe do Executivo Estadual, em relação às decisões da obra do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT).

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O deputado, que assim como seu pai cobra transparência por parte do Governo do Estado sobre o que está sendo feito com o VLT, chegou a insinuar que Mendes está boicotando a criação de uma Comissão Externa para acompanhar o Grupo de Trabalho sobre o Sistema de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana de Cuiabá (GT Mobilidade Cuiabá), além de orientar o GT a trocar o modal pelo Bus Rapid Transit (BRT).

Em entrevista realizada na semana passada, Mauro Mendes o rebateu dizendo que o trabalho em relação ao VLT está sendo feito com responsabilidade e que o parlamentar não é seu porta-voz.

Questionado sobre o assunto, o prefeito defendeu o filho dizendo que ele está representando o povo mato-grossense e principalmente a população da baixada cuiabana que sofre desde 2013 com a obra que tinha como objetivo melhorar a mobilidade urbana.

“O Emanuelzinho é porta-voz do povo mato-grossense. Não é porta-voz do governador. Ele foi eleito para ser porta-voz do povo mato-grossense, em especial da sua principal base, que é o povo cuiabano e mato-grossense que está sofrendo com a indefinição desta obra e com as duas cidades penalizadas. O deputado está buscando o que eu também estou buscando, que é participar e saber. Queremos ter informações, pois isso afeta diretamente a população cuiabana e várzea-grandense. Tudo aquilo que afeta em Cuiabá, nós temos que estar à frente”, disse.

O prefeito ainda ressaltou a importância da bancada federal para a conclusão da obra e comparou o impasse do VLT com o Hospital Municipal de Cuiabá, inaugurado em sua gestão com o apoio do ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) e do senador Wellington Fagundes (PL).

“Eu faria diferente. Convidaria os técnicos, os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, além da bancada federal, pois vamos precisar deles. Como é que vocês acham que eu terminei o HMC? Foi com minha relação com a bancada federal, através do Blairo Maggi e Wellington Fagundes.  Busquei neles a força política e temos hoje um hospital referência”, finalizou.