A inédita campanha do MInistério da Saúde "Política Nacional de Saúde do Homem", lançada na manhã de hoje pelo ministro José Gomes Temporão, visa incentivar os homens a "entrarem no Programa de Saúde Familiar (PSF) e mudar a mentalidade masculina machista, que acaba causando prejuízos incalculáveis para a nação".

A avaliação é do secretário nacional de Saúde, Alberto Beltrame, em abordagem feita pelo Olhar Direto, durante coletiva na Organizaçao Panamericana de Sa,ude (OPAS).

Os investimentos do Ministério para o incentivo da campanha nos municípios de todo o país é de R$ 600 milhões. A meta do governo federal é atingir um universo de 2,5 milhões de homens da faixa etária entre 20 e 59 anos, que possam ir ao sistema de saúde pelo menos uma vez ao ano. 

Até 2011, a meta do MS prevê o aumento de até 570% na realização de procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como a vasectomia. Neste aspecto, o governo também pretende investir R$ 105,6 milhões do orçamento do plano em ações para aumentar o número de vasectomias, de ultrassonografia de próstata e de cirurgias para doenças do trato genital masculino.

Dados do Ministério revelam que as mulheres brasileiras são submetidas ao dobro de cirurgias de esterilização em comparação aos homens. O número de laqueaduras, por exemplo, passou de 58.397 para 61.747 de 2007 para 2008. No mesmo período, as vasectomias caíram de 37.245 para 34.617.

A estratégia do plano é superar obstáculos que impedem os homens de frequentar os consultórios médicos. Na maioria das vezes, segundo o Ministério, eles só procuram o serviços de saúde quando a doença já está em estágio avançado.