Sem tempo na tumultuada agenda desta primeira semana de 2020, os deputados estaduais vão ouvir os delegados da Polícia Civil Anderson Veiga e Lindomar Tófoli, somente em fevereiro, logo após o recesso parlamentar, que irá iniciar após a sessão extraordinária desta sexta-feira (10) à noite.

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Os dois delegados, que foram afastados da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz) no final do ano passado, estão em meio a uma denúncia protocolada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Assembleia Legislativa, de que existe uma pressão política sobre a Polícia Civil para que uma investigação contra ele seja aberta, com a intenção de prejudicá-lo politicamente.

A denúncia em questão levanta a hipótese de que os dois delegados foram afastados por se recusarem a dar continuidade a uma queixa feita pela servidora do município Elizabete Maria de Almeida contra o chefe do Executivo, por falta de indícios.

A servidora foi até a Polícia Civil no ano passado e declarou que esteve na casa do vereador Juca do Guaraná Filho (Avante) no ano passado, onde presenciou o prefeito comprando votos de outros parlamentares para votarem pela cassação do oposicionista Abílio Junior (PSC), que responde um processo na Comissão de Ética da Câmara.

A própria servidora, em um novo depoimento realizado nesta semana, voltou atrás e inocentou o prefeito, dizendo que participou de uma armação.

Os delegados afastados da Defaz, que inclusive já foram convocados pelo presidente da Assembleia Legislativa, só devem prestar esclarecimentos aos deputados no mês de fevereiro, assim que encerrar o recesso parlamentar.