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Mourão afirma que coronavírus é 'epidemia de internet'; Saúde prevê pico da doença em duas semanas

11 Mar 2020 - 11:52

Da Redação - Fabiana Mendes / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Mourão afirma que coronavírus é 'epidemia de internet'; Saúde prevê pico da doença em duas semanas
Durante passagem pela capital mato-grossense para atender demandas ambientais, o presidente da República em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), classificou o coronavírus como uma epidemia de internet e asseverou que não há motivo para preocupação. O general argumentou também que o Brasil registra mais mortes por dengue e até hoje não há uma solução definitiva para o transmissor, o mosquito Aedes Aegypti. O Ministério da Saúde informou que o pico do Covid-19 deve acontecer em duas semanas.


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"O coronavírus é, primeiro, epidemia da internet. Quando a gente olha o grau de letalidade dele é muito baixo, esse ano aqui no Brasil já morreu muito mais gente de dengue do que de qualquer outra coisa e a gente ainda não conseguiu ter uma solução efetiva em relação ao mosquito. Eu não vejo com grande preocupação [o coronavírus], porque o que existe é uma transmissão via rede social de um certo pânico. A própria China já atingiu o pico e já está na descida", disse em conversa com a imprensa na terça-feira (10).
 
O Ministério da Saúde prevê um aumento de casos do novo Covid-19 nas próximas semanas e pediu que cinco hospitais filantrópicos de excelência usem recursos e pessoal envolvidos em projetos desenvolvidos no Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da epidemia.

Até o momento, o Brasil registra 34 casos confirmados de infecção. No pior cenário, a previsão do ministério é que em até duas semanas e meia, o país tenha aumentado exponencialmente os registros.
 
Hamilton Mourão também disse que os casos na Itália podem estar associados as grandes aglomerações. "Outro país que assustou foi a Itália, mas lá tem grandes aglomerações, a questão organizacional deles é diferente, muita gente vive em pequenas vilas e a maioria das pessoas que morreram são de idade, estão na faixa dos 80 anos. Então, a gente já sabe mais ou menos quais são as reações. Em termos de mercado, no mundo em que nós vivemos hoje eu gosto de citar o Thomas Friedman, ele diz que a economia e a questão dos mercados eletrônicos têm dois grupos: os rebanhos e os supermercados", acrescentou.
 
Diante da crise global, a semana começou com queda na bolsa brasileira, alta no preço do dólar e muita especulação sobre o mercado financeiro e a economia. O avanço dos casos de coronavírus no Brasil e no mundo e a desvalorização no preço do petróleo são apontados como principais motivos da movimentação e a bolsa chegou a ser fechada nas primeiras horas desta segunda-feira (9) para conter a queda.
 
"Os rebanhos eletrônicos é essa turma que joga na bolsa de valores, sejam pequenos ou grandes investidores, que ficam o tempo todo buscando não perder dinheiro. Então quando ele sente que algo pode o prejudicar ele retira esse recurso e vai para ativos estáveis: no dólar, no ouro... a consequencia foram essas quedas nas bolsas de valores, atrelada à guerra entre a Rússia e a Arábia Saudita por causa do problema do petróleo. Eu recordo, por exemplo, que há dos meses atrás nós estávamos com o problema da carne. Alguém lembra do preço da carne? O preço voltou ao normal e ninguém anunciou. É o que vai acontecer com essa questão do coronavírus. A partir do momento que a China conseguir reorganizar seu mercado e voltar a produzir, a economia volta a subir", pontuou o militar. 
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