Em um momento em que a sociedade tenta concentrar esforços para frear a proliferação do novo coronavírus em todas as partes do mundo, alguns políticos parecem ainda não ter entendido a gravidade do problema e têm defendido medidas que, em curto prazo podem parecer positivas, mas que na prática expõe a população ao risco de acelerar a contaminação e levar o sistema de saúde ao colapso. Exemplo negativo disso vem do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Misael Galvão, que anunciou que intercederá junto ao Executivo para a reabertura do comércio. Misael tem origem de camelô e, obviamente, está militando em causa própria e para agradar seu grupo. Além disso, está intercedendo junto à prefeitura para que cultos, missas e demais celebrações religiosas voltem a ser permitidas.
 
Ao tomas as medidas pelo isolamento, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), citou como exemplo a cidade de Milão, na Itália, que resistiu a submeter a população à quarentena e depois sofreu com incontáveis mortes diárias e um cenário caótico na saúde pública. Na cidade italiana, quando a resistência ao isolamento mostrou seus efeitos perversos, o prefeito veio a público pedir desculpas. Será que aqui, futuramente, os políticos que advogam pelo relaxamento do isolamento terão a grandeza de assumir seus erros caso o pior aconteça?