A Mesa Diretora do Senado decidiu pelo afastamento da senadora Selma Arruda (Podemos) em sessão por videoconferência na manhã desta quarta-feira (15). O Senado busca dar posse, ainda esta semana, a Carlos Fávaro (PSD), terceiro candidato a senador mais votado em 2018, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela sua posse. Selma deve judicializar a questão.

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Apenas o senador  Lasier Martins (Podemos-RS) votou contra a perda do mandato. Votaram a favor os senadores Antônio Anastasia (PSD-MG), Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo Gomes (MDB-TO), Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Nesta terça-feira (14) o líder do Podemos no Senado, Alvaro Dias, questionou a realização da sessão. Ele disse que acompanhou o caso de Selma em Brasília e que observou "razões clandestinas" para a celeridade do processo. Ele afirmou que a sessão da Mesa Diretora não deveria acontecer.

"Eu gostaria de destacar a improcedencia da reunião marcada para amanhã. O ato que decretou este sistema de deliberação remota excluiu as comissões, as comissões não se reúnem, a Mesa Diretora do Senado Federal é a comissão mais importante e portanto não creio que esteja autorizada a reunião da mesa do Senado em razão do ato da própria mesa que definiu as normas para este sistema de deliberação à distância" disse.

"Há medidas que antecedem ao ato da mesa, relativamente à senadora Selma Arruda, que ainda não foram alcançadas até este momento. Por uma decisão monocrática do presidente do Supremo Tribunal Federal, é com base nela que se discute no Senado e na Mesa Diretora a hipótese da decretação da perda de mandato da senadora Selma Arruda, no entanto há um recurso encaminhado ao Supremo pelo procurador eleitoral, contestando a decisão monocrática do presidente DIas Toffoli", acrescentou.


Com informações d'O Globo.