O São Paulo reencontra pela primeira vez neste domingo, no Morumbi, seu ex-técnico Muricy Ramalho, hoje no Palmeiras. Sobre o confronto, o elenco são-paulino minimiza a polêmica envolvendo o treinador e prefere focar sua atenção para o favorecimento exercido pelo mando de campo no decisivo clássico.

"Faz parte da nossa profissão, ainda mais em um país que os técnicos trocam tanto de time. A amizade fica fora do campo", afirmou Rogério Ceni, dando à particularidade um aspecto trivial.

O Palmeiras lidera o Campeonato Brasileiro com 40 pontos, quatro a mais que o São Paulo, atual terceiro colocado. Para manter vivas as aspirações do time, os jogadores apostam na vantagem de ter o Morumbi como palco do confronto.

"É algo natural. Todo grande time quer fazer seu papel em casa. Não sei se há alguma explicação física, mas nos tornamos mais fortes psicologicamente quando atuamos no Morumbi", disse o meio-campista Hernanes, um dos principais articuladores de jogadas da equipe.

"Precisamos nos beneficiar do fator casa para diminuir a diferença para eles. Para uma equipe que almeja o título, como a nossa, não podemos perder esta chance", completou o capitão Rogério Ceni.

O treinador Ricardo Gomes ainda tem uma dúvida para o jogo. Richarlyson torceu o tornozelo esquerdo no treino de sábado e deixou o gramado amparado pelo médico do São Paulo, José Sanches.

O mesmo tipo de lesão gera problemas no lado rival. Cleiton Xavier apenas assistiu ao treino do Palmeiras no sábado e é sério candidato a desfalcar a equipe. O meia foi relacionado e deve fazer tratamento intensivo até horas antes da partida.