A capital mato-grossense é a quarta do país em números de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em relação às mortes por coronavírus. Os dados foram apresentados pelo jornalista de dados e fundador da ‘Lagom Data’ Marcelo Soares, a partir do estudo dos números do próprio Ministério da Saúde. Segundo este gráfico, há nove mortes por SRAG em Cuiabá para cada morte por coronavírus.

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Antes de Cuiabá estão Campo Grande, com 11,6 mortes; Curitiba, com 9,62 mortes; e Belo Horizonte, com 9,32 mortes por SRAG. A razão seria a realização baixa de testes nestas cidades. “Nas capitais, há correlação negativa e forte (R=-0.84) entre a taxa de confirmados por 100 mil habitantes e a razão entre mortes por SRAG e mortes por Covid. Onde a taxa detectada de Covid é mais alta, menos mortes são atribuídas à SRAG. Nesses Estados, costuma haver mais testes”, explica o jornalista, em suas redes sociais.


 
A Síndrome Respiratória Aguada Grave é um conjunto de doenças, em um total de 35, entre pneumonias, influenzas e agora a Covid-19. No último dia 29 de março, logo no início da pandemia, o Olhar Direto mostrou que os casos de SRAG haviam aumentado 100% em apenas duas semanas, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
 
A Secretaria de Estado de Saúde divulga somente o número de casos de síndrome respiratória, e não o de mortes. Na noite do último sábado (7), havia 3.466 casos em todo o estado de Mato Grosso.
 
Cuiabá tinha, também até sábado, 17 óbitos pelo novo coronavírus. Se os números seguirem os dados compilados pela Lagom Data, as mortes por síndrome respiratória aguda grave podem chegar a 153.