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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Situação agravada

Presidente da AMM discorda de Mauro e cita municípios que receberam menos de R$ 3 mil

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Presidente da AMM discorda de Mauro e cita municípios que receberam menos de R$ 3 mil
Após Mauro Mendes afirmar, na última terça-feira (9), que o mau uso dos recursos públicos por meio das prefeituras, com a falta de testagem, ter contribuído para o agravamento da doença, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, rebateu citando municípios que receberam menos de R$ 3 mil do Governo Federal. Ele ainda lembrou que o Governo do Estado não repassou recursos para o combate à doença.


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Segundo Neurilan, enquanto os municípios receberam aproximadamente R$ 90 milhões do Governo Federal, que foram distribuídos aos 141 para o combate à pandemia, o estado recebeu mais de R$ 41 milhões. "De fato os prefeitos receberam os recursos do Ministério da Saúde, mas não são suficientes. Exemplificamos aqui cinco municípios com os respectivos valores: Araguainha (R$ 2.908,38), Luciara (R$ 7.945,81), Serra Nova Dourada (R$ 8.801,45), Campos de Julio (28.703,55) e Terra Nova do Norte (R$ 72.438,71), que receberam os recursos para as ações de saúde e não somente para a testagem", disse.  Parte dos recursos que cada município recebeu foi definida na comissão bipartite que envolve estado e municípios e é presidida pelo secretário de estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Ainda segundo o presidente da AMM, o Ministério da Saúde repassou 55.820 testes, que foram distribuídos aos 141 municípios, através da secretaria estadual de Saúde, mas que não são suficientes. "Se levar em conta o número de população de cada município, os testes são insuficientes, mesmo assim as secretarias municipais estão testando e os prefeitos tiveram que comprar mais testes para atender a demanda nas unidades de saúde, evitando que a situação se agrave e necessite de mais UTIs".

Ao topo disso, o Laboratório Central (Lacen-MT) não dá conta da demanda dos exames encaminhados, causando defasagem no tempo dos resultados. O governador, por sua vez,  alega que os pacientes chegam do interior já em estado grave, indo direto para a UTI.

Para Fraga, isso é decorrente da própria política de combate ao coronavírus que o governo estadual adotou. "Me lembro muito bem e não faz muito tempo que o governador anunciou explicitamente que estava construindo e instalando UTIs e enfermarias específicas para a Covid em Cuiabá e Várzea Grande, e que os  pacientes do interior seriam transportados para essas unidades de saúde, através de diversas UTIs aéreas, como se fosse uma coisa extraordinária. Quando um paciente é transportado para a Capital ou para uma outra unidade de referência de saúde através de UTI móvel, é porque de fato a situação é grave e necessita de leitos apropriados, que não têm na maioria dos municípios do interior. Portanto, esta foi a estratégia adotada pelo governo do estado, que fez baixíssimos investimentos nos municípios do interior".

Por fim, Neurilan disse que o governador deve buscar diálogo com os prefeitos, os poderes constituídos, as entidades de classe e a sociedade organizada ao invés de ficar procurando culpados. "Os problemas pontuais devem ser superados e as questões políticas devem ser resolvidas em outro momento. Agora temos que buscar o diálogo, o entendimento, a união, além de  um esforço conjunto para combater a pandemia da Covid-19.  O papel das lideranças em todos os níveis neste momento é de absoluta união para salvar vidas e evitar mais mortes", ponderou. 
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