Em entrevista ao canal de sinal fechado CNN, no início da tarde desta quarta-feira (15), o governador Mauro Mendes (DEM) voltou a criticar o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), por segundo ele, não ter aberto em Cuiabá, nenhum leito novo de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para ajudar no combate ao Covid-19, nos últimos quatro meses que o mundo enfrenta a pandemia.
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Ao ser questionado sobre Mato Grosso ser o epicentro da doença na região Centro-Oeste e da falta de leitos de UTIs no Estado, fato que está resultando na grande quantidade de mortes nos últimos dias, o governador disse que o Governo Estadual não está dando conta de resolver o problema por conta de algumas prefeituras, citando a de Cuiabá, não fazerem o dever de casa.
“Existe sim uma falta de leitos, a nossa fila ontem estava em 70 pessoas aguardando UTI. O governo abriu na semana passada mais 34 UTIs novas. O problema é que o Governo sozinho não dá conta deste recado. Estamos tentando junto com as prefeituras, mas algumas delas, como é o caso de Cuiabá, que é gestora plena. Isso significa que ela cuida da saúde, o Governo Federal e o do Estado paga a conta. Mas lamentavelmente algumas prefeituras não conseguiram fazer isso. A prefeitura da capital, por exemplo, não abriu nenhum leito novo nesses quatro meses. Ela apenas remanejou as UTIs que existiam para atender o Covid, mas acontece que com isso, está faltando leitos para atender outras comorbidades”, explicou o governador, que não considerou o uso da palavra ‘epicentro’ para definir as adversidades enfrentadas em Mato Grosso.
“Este título que somos o epicentro não é verdade porque este epicentro migra a cada dia, a cada semana no Brasil. A contaminação começou por São Paulo, Rio de Janeiro, pegou muito forte na região do Nordeste e vem se espalhando por todo o país e chegou a vez do Centro Oeste. Vi que existe neste momento crescendo mais em outros estados do que em Mato Grosso”, disse.
O Estado, até esta terça-feira (14), tinha contabilizado 29,9 mil casos confirmados da Covid-19 e um total de 1.157 óbitos em decorrência da doença.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado, os leitos de UTIs exclusivos para a Covid-19 já estão com uma taxa de ocupação em 93%, sobrando apenas 19 disponíveis, para uma fila que já aproxima de 100 pessoas.
