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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Namorado de adolescente que matou Isabele foi orientado para “não receber culpa” e apagou conversa

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Namorado de adolescente que matou Isabele foi orientado para “não receber culpa” e apagou conversa
O adolescente de 16 anos, namorado da autora do disparo que matou Isabele Guimarães Ramos, no dia 12 de julho, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá, foi orientado por seu irmão a fazer prints de mensagens no WhatsApp para que as pessoas não coloquem a culpa nele por conta do ocorrido e, posteriormente, apagou as conversas. Tal situação consta em laudo pericial entregue à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).

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Laudo descarta versão de disparo acidental em morte de adolescente no Alphaville
 
Na conversa ao qual o Olhar Direto teve acesso, o adolescente afirma, no dia dos fatos, que “a guria (Isabele) morreu”. Depois, continua: “Eu não to entendendo nada”. Já próximo da uma da manhã do dia seguinte, o irmão diz para que ele tire print das conversas porque “todo mundo vai querer colocar a culpa em você. Não deixa isso acontecer”.
 
As mensagens posteriores então são apagadas pelos dois irmãos, sobrando apenas um “aí tomo”, dito pelo irmão do adolescente e um “apaga aí”, escrito pelo menor de 16 anos. A perícia não conseguiu recuperar/restaurar as mensagens trocadas entre os dois.
 
Laudo pericial entregue à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), nesta terça-feira (11), aponta que o tiro que matou Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, no dia 12 de julho, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, foi efetuado a uma altura de 1,4 metros do chão e a uma distância entre 20 e 30 centímetros.
 
Conforme a conclusão da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o disparo foi executado mediante o acionamento do gatilho, com o atirador na posição esquerda do banheiro.
 
A perícia ainda aponta que a adolescente de 14 anos, que realizou o disparo, posicionou-se na frente da vítima, elevou a arma a uma altura de 1,4 metro do chão, com alinhamento horizontal e a uma distância entre 20 e 30 centímetros do rosto de Isabele.
 
Laudo balístico
 
Laudo pericial de balística referente à morte de Isabele Guimarães Ramos aponta que a arma de fogo de onde saiu o projétil que atingiu a vítima na cabeça não pode produzir tiro acidental, como alega a adolescente de 14 anos responsável pelo disparo.
 
Após vários testes, o perito responsável responde que a arma não pode produzir tiro acidental.
 
"Nas circunstâncias alegadas no depoimento da adolescente, a arma de fogo, da forma que foi recebida,  somente se mostrou capaz de realizar disparo e produzir tiro estando carregada (cartucho de munição inserido na câmara de carregamento do cano), engatilhada, destravada e mediante o acionamento do gatilho", diz trecho do laudo ao qual o Olhar Direto teve acesso.
 
O caso
 
Segundo informações da Polícia Judiciária Civil, por volta das 22h30 Isabele já foi encontrada sem vida no banheiro da casa. A amiga informou à Polícia que efetuou o disparo acidentalmente contra a colega.
 
Isabele morreu com um tiro na cabeça, efetuado pela amiga ao manusear uma pistola PT 380, dentro do condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.
 
Das sete armas encontradas na residência, duas delas não estavam com o registro no local e por este fato, o proprietário foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele foi conduzido à DHPP e autuado pelo crime, que é afiançável. Depois de pagar a fiança, foi liberado.
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