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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Grande quantia em dinheiro

Alvo de mandado, delegado teria intermediado proposta de propina a Stringueta

Foto: Reprodução/Rogério Florentino/Olhar Direto

Alvo de mandado, delegado teria intermediado proposta de propina a Stringueta
O delegado delegado regional de Sinop (447 quilômetros de Cuiabá), Douglas Turíbio Schutze, alvo de mandado de busca e apreensão na 'Operação Insídia', que apura a execução e ocultação de cadáver de seis pessoas, no município de União do Sul (649 quilômetros de Cuiabá), teria intermediado uma proposta de propina ao delegado Flavio Stringueta, responsável por comandar a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).


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Conforme o apurado pelo Olhar Direto, consta na decisão judicial que embasa os pedidos, que Douglas Schutze teria feito uma intermediação entre o advogado do empresário Agenor Vicente Pelissa, que foi preso na manhã desta quinta-feira (27), após a operação ser deflagrada e Stringueta, sendo oferecida uma grande quantia em dinheiro.

O delegado regional teria dito a Stringueta que havia muito dinheiro envolvido nas investigações do desaparecimento das seis pessoas, que segundo o apurado pela GCCO, foram executadas e tiveram seus cadáveres ocultados. A intenção seria desacelarar os trabalhos.

A informação consta na decisão do pedido de busca e apreensão na casa do delegado. O delegado Frederico Murta disse em entrevista coletiva que Douglas Schutze não tem envolvimento direto na execução dos homicídios e ocultação dos cadáveres das seis pessoas desaparecidas.

Questionado, o diretor de Atividades Especiais da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, explicou que o diretor de Interior da Polícia Civil, delegado Walfrido Nascimento, segue para Sinop, onde tomará conhecimento das acusações contra o delegado regional. Posteriormente, a instituição tomará as medidas cabíveis.
 
Além dos homicídios, são apurados neste caso outros possíveis crimes conexos, como cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva.
 
Nesta quinta-feira, foram presos um empresário e também três policiais militares, que teriam participado da chacina. “Com isto, poderemos ter informações mais precisas e finalizar o quanto antes as investigações”.

A Polícia Civil ainda procura por outro alvo de mandado de prisão, que não foi preso até o momento. As seis pessoas executadas no dia 18 de abril deste ano na fazenda de União do Sul estariam planejando um roubo na propriedade rural. Os corpos não foram encontrados.

O caso

As investigações apuram os fatos ocorridos no dia 18 de abril deste ano, em uma fazenda no município de União do Sul. Naquele local, foram encontrados diversos veículos com perfurações, estojos, munições, além de manchas de sangue e objetos pessoais, sem qualquer registro ou informação do que teria acontecido. 

Após a realização de dezenas de diligências, perícias técnicas, buscas pelos corpos, oitivas de testemunhas e de pessoas envolvidas, as investigações apontaram para a execução de pelo menos seis pessoas, seguidas da ocultação dos respectivos cadáveres. Entre as vítimas está um funcionário da fazenda que trabalhava no local onde o fato ocorreu. 

Além dos homicídios, são apurados outros possíveis crimes conexos, como cárcere privado, constituição de milícia privada, corrupção ativa e passiva. 

As ações foram realizadas com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso, Polícia Civil do Estado de Tocantins e Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso.

As investigações seguem em andamento.
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