O governador Mauro Mendes discursou, na manhã desta sexta-feira (11), em um encontro de governadores com o LIDE empresarial, um dos grupos empresariais mais relevantes do país, pertencente ao ‘Grupo Dória’. Com ar otimista, o governador comemorou os resultados que o estado teve mesmo em meio à crise econômica que assolou o país em meio à pandemia, afirmou que neste mês de dezembro o crescimento da receita está 16% maior que o do mesmo mês em 2019, e projetou um PIB com crescimento próximo da casa de dois dígitos.
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“Mato Grosso vinha numa trajetória muito ruim e aqui a gente mostra os últimos dez anos a partir de 2008, nós tivemos o último superávit em 2008. 2009, 2010, 2011, 2012, chegamos a 2.2 bi de déficit. Foram dez anos consecutivos de déficit orçamentário, e o ano passado, depois de todas essas medidas, nós conseguimos ter novamente um superávit. E óbvio, superávit significa investimento, significa equilíbrio fiscal, significa o estado recuperar aquilo que ele jamais poderia deixar de ter tido nesse país, ou em qualquer estado brasileiro, que é a capacidade de honrar corretamente seus compromissos, e a partir de tudo de promover esse desenvolvimento”, disse o governador.
Mauro comemorou, ainda, o fato de Mato Grosso ser o maior produtor de diversas commodities. “ Estamos caminhando a passos largos para aumentar cada dia mais essa produção. Nos próximos cinco anos nós devemos ultrapassar a barreira dos cem milhões de toneladas de grãos produzidos, e estamos fazendo isso buscando preservar, manter a sustentabilidade, aquilo que o Brasil, que o planeta cobra da produção e da nova realidade que o planeta vive”, disse.
“Nós sabemos a lição, sabemos aquele manual de como tirar uma empresa da crise, como fazer um processo de reestruturação no mundo econômico de uma empresa privada. No mundo público tudo é muito mais difícil. Fazer uma reforma administrativa, cortar gastos, fazer negociação de dívidas, isso é muito complexo porque você tem um arcabouço jurídico, porque você certamente depende do poder legislativo, que é muito sensível a mudanças impactantes”, completou.
Mendes fez questão de falar de seu ‘menino dos olhos’, o programa de investimentos Mais MT e, por meio deste exemplo, criticou a falta de investimentos no âmbito nacional desde a crise de 2014. “O Governo Federal investe muito pouco. É pífio o investimento que o Goveno Federal tem feito ao longo dos últimos anos nesse país. E quando você não investe, não cria perspectiva do futuro. Quando você não investe, nós somos obrigados a ouvir aquilo que eu e que muitos de nós crescemos ouvindo dizer, que o Brasil é o país do futuro. Mas se nós somos o país do futuro, aonde está esse futuro que nós estamos construindo, com esse baixíssimo investimento?”, questionou.
Mauro ainda afirmou que ‘corremos o risco’ de acontecer no Brasil o mesmo que aconteceu na Argentina, “que entrou em crise lá no início dos anos 2000 e nunca mais conseguiu sair da crise”. “O problema do Brasil não é a economia brasileira, não é o setor privado desse país. É o estado brasileiro, são as leis brasileiras antigas, arcaicas, como a Lei 8666, de licitações”, completou.
Além de comparecer ao encontro do LIDE, Mauro deve visitar, na tarde desta sexta-feira (11), o Instituto Butantan para conhecer o processo de confecção da vacina chinesa contra a Covid-19, a Coronavac. A visita pode ser o primeiro passo para a compra da vacina para os mato-grossenses.
