O site Olhar Direto lança a partir de hoje mais um espaço destinado à opinião. Nosso Olhar será também nossa opinião. Sem uma temporalidade,  será exposta sempre que julgarmos oportuno nos manifestar sobre assunto que vão ao encontro dos interesses da população, que são também os nossos. Para acessá-lo, basta  ir à seção de Artigos e clicar em Nosso Olhar. Esta primeira opinião, que destaca os problemas hoje enfrentados no setor de  saúde, em Cuiabá, com a queda de braço entre o secretário Luiz Soares e os médicos que atendem nas unidades municipais.

este é o artigo incial

Saúde da população colocada a contra parede

Qualquer categoria profissional no serviço público tem o direito de reivindicar, sejam melhores salários, ou condições de trabalho condizentes para atender a população. As partes envolvidas devem usar todas as vias diplomáticas e de negociação até seu esgotamento para se tentar um entendimento. Até chegar a esse limite, a população entende e apóia. Não é o que está acontecendo hoje no setor de saúde em Cuiabá.

Antes que esses canais de negociação se esgotassem, mais de 60 médicos entregaram seus pedidos de demissão, agravando uma situação que já no seu dia-a-dia é problemática. O que começa a se notar é por traz de reivindicações de natureza salarial, ou de melhores condições para atendimento, somam-se interesses de usar instalações públicas com fins particulares, pressão corporativista por interesses contrariados, que já motivaram a queda de vários gestores e partidarismo político já com vistas aos embates eleitorais do próximo ano.

Esta população que paga os salários, através de uma brutal carga de impostos, não pode ser refém, nem o poder público objeto de chantagem por parte da categoria médica. A população, como já dissemos, admite e apóia esse tipo de reivindicação quando justa, mas a renega quando percebe que há jogos de interesses para prejudicar um serviço que lhe é essencial e ainda deixa a desejar. E é justamente isso que está acontecendo hoje, em Cuiabá. Uma categoria, qualificada, sempre respeitada, pode estar sendo jogada contra a população, por culpa de lideranças preocupadas mais com seus interesses pessoais e políticos, que com o bem estar de seus liderados e daqueles que os pagam.