O Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VI), que é ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), investiga um possível erro no controle de tráfego aéreo, em outubro do ano passado, que por pouco não causa um acidente entre uma aeronave da Latam e um bimotor (Piper PA-31T Cheyenne I).
Leia mais:
Ex-militar, piloto de aeronaves foragido da justiça de MT é preso na Colômbia
Segundo o reporte do Seripa VI, que ainda é preliminar e está sujeito a modificações conforme o andamento dos trabalhos de investigação, a aeronave da Latam (prefixo PR-MYW ) decolou do Aeroporto de Guarulhos, no Estado de São Paulo, com destino ao Aeródromo Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).
Durante o procedimento de descida do Airbus, que transportava 156 passageiros e seis tripulantes e o de subida do bimotor - que seguia com destino ao Aeródromo Maestro Marinho Franco, em Rondonópolis, com um piloto e três passageiros a bordo – a separação entre as aeronaves ficou abaixo dos mínimos previstos em legislação.
O incidente envolvendo o tráfego aéreo em Cuiabá é considerado como grave pelo órgão de investigação. Segundo dados do aplicativo FlightRadar24, não houve nenhuma alteração brusca de rumo, altitude ou velocidade computada no voo LA3368 daquele dia.
O Seripa não informou qual foi a distância (horizontal e vertical) entre as aeronaves. Atualmente, segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o bimotor pertence a empresa Pedro Muffato & Cia Ltda.
Em nota ao Aeroin, à época, a Latam informou que “a ocorrência está sendo investigada pelas autoridades aeronáuticas competentes e a companhia está colaborando proativamente com essas apurações. A companhia reitera ainda que segue os mais elevados padrões de segurança, atendendo rigorosamente aos regulamentos de autoridades nacionais e internacionais”.
O incidente ocorreu na tarde do dia 13 de outubro de 2020. Como o reporte ainda é preliminar e o relatório ainda não é o final, nenhuma conclusão deve ser feita a partir destes dados preliminares, conforme o Seripa VI.